Oficina de Redes Sociais para o SINTUFCe

Percebendo as dificuldades e deficiências da assessoria de comunicação do Sintufce, a equipe de reportagem resolveu ministrar a oficina levando em consideração o que mais poderia ajudar o sindicato. O tema escolhido foi “redes sociais e ferramentas para a internet”. Essa já era uma demanda do Sintufce. Segundo Adeli Gomes, coordenadora do setor de comunicação do sindicato, a internet é uma maneira de alcançar o público-alvo de forma mais rápida.

Oficina sobre Redes Sociais no SINTUFCe

O objetivo do encontro foi levar aos profissionais do sindicato alguns conhecimentos básicos na área. As coordenadoras Adeli Gomes e Marly Lopes e a jornalista à época, Elisângela Leite, participaram da oficina, que aconteceu na tarde do dia 7 de janeiro, na sede do Sintufce.

A importância do bom uso das redes sociais foi vista logo no início, com explicações sobre a necessidade de cuidar da imagem do sindicato utilizando a divulgação das ações da entidade em atualizações constantes no facebook. Entre as tarefas mais necessárias à equipe de profissionais, está a concentração do conteúdo em uma só fanpage, já que existem duas páginas que levam a identidade do Sintufce. Com a eliminação de uma delas, o material ficaria mais bem direcionado, o que facilitaria bastante a interatividade com quem consome o conteúdo da página.

Estudantes de Jornalismo e a equipe de Comunicação do SINTUFCe

Durante a oficina, os profissionais do departamento de comunicação do Sintufce se mostraram muito interessados no tema, sempre fazendo perguntas sobre o que estava sendo dito.

Planejamento editorial e jogo de cintura
O planejamento editorial que deve estar presente nas postagens também foi abordado. Conhecer o tipo de público que se relaciona com a instituição e definir assuntos, frequência e estilo de escrita são métodos de manter a qualidade das postagens e atrair mais seguidores. A relevância do material e a total atenção ao público que vai consumir o conteúdo divulgado são essenciais para que haja bom desempenho nas mídias sociais.

Outro assunto importante é gestão de crise. Em situações delicadas, como greves e afins, é essencial que a postura dos profissionais seja condizente com o que o leitor demanda. Abrir espaço para que as pessoas se manifestem, dar respostas educadas e admitir possíveis erros são algumas maneiras de lidar bem com situações críticas.

Estratégias e ferramentas para produzir publicações de qualidade
Entre as ferramentas que foram vistas de forma prática está o livestreaming, uma rede social incorporada ao twitter, que permite transmitir e compartilhar vídeos ao vivo para os seguidores. Os alunos fizeram uma transmissão (ou streaming) durante a própria oficina, com demonstração prática das configurações da página. A transmissão em tempo real, pela internet, é uma das principais demandas do sindicato, que precisa permitir acesso aos servidores que não podem participar das assembléias organizadas.

Beatriz ensina as facilidades da twitcam, rede social que permite
transmissão de vídeos online

As estratégias de comunicação foram pensadas com base na interação entre as diversas ferramentas utilizadas. O ideal é integrar twitter e facebook como formas de divulgar o conteúdo produzido no site. Assim, a visualização pode ser expandida e monitorada, com possibilidade de crescimento planejado.

Sobre a frequência de postagens, foram vistos os recursos de agendamento de mensagens. O objetivo desse mecanismo é criar uma rotina de publicações que acostumem o usuário a receber um tipo de conteúdo em determinado horário, sem que seja necessária a presença de uma pessoa para publicar exatamente naquela hora. Os tutoriais de programação no facebook foram feitos com acompanhamento da fanpage do Sintufce, explicando recursos adicionais (como encurtadores de links e outras estratégias para deixar a mensagem mais limpa) e tirando dúvidas dos profissionais enquanto se executava os passos para programar uma publicação.

Os possíveis usos para a ferramenta de eventos também foram explicados pelos alunos. No facebook, é possível criar uma página destinada a um evento específico e convidar participantes, que, por sua vez, podem fazer o convite a outros amigos. Esse mecanismo permite alcançar um número maior de pessoas e conquistar possíveis fãs, que seguirão a página e terão acesso ao conteúdo publicado. Essa também é uma maneira de ajudar a divulgar as atividades realizadas pelo sindicato, como os encontros, os eventos esportivos e as assembléias.

Saber dosar a quantidade de informações e pensar na maneira de veicular o conteúdo é fundamental para que se alcance um bom resultado nas redes sociais. Publicar sempre matérias com fotos (observando a qualidade das mesmas) é importante para chamar atenção do leitor e facilitar compartilhamentos.

No caso do Sintufce, alguns conteúdos foram sugeridos, além das postagens sobre greve e luta sindical. Questões relacionadas ao direito do trabalho e a saúde do trabalhador são exemplos de conteúdo que podem chamar a atenção dos filiados ao sindicato e até de outros usuários do facebook. É importante lembrar que o que é postado no site e nos perfis do Sintufce nas redes sociais não está à disposição apenas dos servidores do sindicato, mas também de qualquer um que esteja interessado nas informações.

Gráficos e popularidade
Para medir as visualizações alcançadas com a página, as ferramentas de monitoramento exibem gráficos que analisam o comportamento e a receptividade de quem recebe o material publicado pela fanpage. Faixa etária, número de acessos e postagens mais lidas são algumas das informações oferecidas pelo facebook. É importante ter em mente a quantidade de fãs e o alcance de cada postagem. Com esses dados, o administrador da página do Sintufce pode avaliar o alcance dos conteúdos publicados e perceber que tipo de postagem faz mais sucesso.

Quem gerencia a página tem muitas opções de visualização que não aparecem para os usuários comuns. Além de programar postagens, é possível adicionar outros membros, promover publicações (fazendo com que apareça sempre em cima das outras matérias), dar maior destaque a algumas fotos e gerenciar um registro de atividades da página, que lista tudo o que foi e será feito na página.

 
O profissional
Trabalhar com comunicação não é tão fácil quanto se pensa. É preciso zelar por uma série de detalhes que até passam despercebidos por quem vê o produto final, mas, se ali não estivessem, causariam problemas. Falar em estratégias, cuidado com manutenção e medição dos resultados é importante para que haja crescimento contínuo na popularidade e na absorção dos conteúdos que se pretende divulgar. Para isso, o profissional precisa ter, acima de tudo, um bom texto. Além da redação, também são essenciais a revisão, a edição e a aprovação de tudo que for publicado. Com esses cuidados básicos direcionados ao trabalho do Sintufce, qualquer material que tenha bom conteúdo e seja bem escrito tem condições de ser bem divulgado e atingir seus objetivos.

Marly Lopes e Adeli Gomes com os alunos de Jornalismo da UFC

A postura do Sintufce agora está diferente nas redes sociais. Antes as postagens eram mínimas e com pouca interação com os “curtidores”, geralmente servidores ou pessoas interessadas nas atividades do Sintufce, agora é possível ver que o fluxo de postagem aumentou consideravelmente. A interação também se tornou mais dinâmica, visto que a página passou a responder perguntas enviadas através do mural na Fanpage do Facebook, até aquelas feitas na época da greve.

Plano de ação para a Associação Caatinga

A Associação Caatinga estrutura-se por projetos que  objetivam a preservação do bioma Caatinga. Ao todo, 36 colaboradores dividem-se em Fortaleza e na Reserva natural Serra das Almas, em Crateús, colocando em prática os trabalhos realizados para a preservação desta fauna e flora pouco conhecida e muito explorada de forma indevida.

Para evitar uma devastação maior deste habitat, a associação promove a sensibilização das comunidades ao entorno da serra e da população em geral. Parte importante nessa conscientização é, com certeza, o trabalho da assessoria de comunicação, que tem apenas 2 anos de funcionamento, pouco comparado aos 14 anos de associação, mas que tem muito o que colocar em prática.

A equipe composta por sete estudantes de jornalismo da Universidade Federal do Ceará, durante a disciplina Jornalismo no terceiro setor, visitou a Associação Caatinga no dia 17 de dezembro de 2012 para avaliar a quantas andava a assessoria de comunicação da ONG.

No primeiro momento conversamos com o Coordenador do Núcleo Operacional da Associação Caatinga, Daniel Fernandes. Ele nos explicou cada projeto executado pela associação, como ela funciona, quais os objetivos a serem alcançados e o que a assessoria de comunicação faz. Daniel Fernandes chegou a dizer que muitas instituições de terceiro setor não dão a devida importância para a parte de comunicação por achar que vai ser um gasto a mais, porém, o setor acabou sendo criado, pois ajuda a dar retorno da realização dos projetos e do que a mídia anda pautando por aí.

Primeira visita à Associaçao Caatinga

O diretor, por não ser da comunicação propriamente dita, não sabia de tudo da comunicação. Algumas informações aind

a ficaram faltando, mas só poderíamos retornar após o dia 14 de janeiro de 2013, fim

do recesso de natal e ano novo. Nesse período em que não teríamos mais contato com a associação, analisamos cada projeto detalhadamente e vimos que maravilhoso trabalho de preservação eles faziam. Livro de fotos que foram enviados para os maiores jornais deste país, como para o Jornal

Nacional, manuais de plantação e de como utilizar o forno solar, campanhas de preservação ambiental e do Tatu-Bola.

Cada material produzido pela associação era feito com muito detalhe e qualidade técnica e gráfica. A comunicação está envolvida em cada um desses projetos e, mais forte ainda, na campanha que escolheu o Tatu-Bola como mascote da Copa do Mundo de 2014 aqui no Brasil.

Foi por meio das redes sociais que a associação conseguiu dar alcance a esse animal da  Caatinga que precisa ser visto como um bicho que está em perigo de extinção e precisa de cuidados e um olhar mais sensível da sociedade quanto a isso.

Modelo único de pelúcia do Tatu-Bola

Como precisávamos de mais informações, no dia 24 de janeiro de 2013, conseguimos marcar mais uma visita, mas, desta vez, foi com a diretora de comunicação Daniele Ronqui. Ela é formada em biologia e coordena a comunicação por saber muito os detalhes técnicos da associação. Já a jornalista Jéssica, é quem trabalha na assessoria, produzindo releases, alimentando as mídias sociais e escrevendo os materiais para a associação.

Foi em conversa com Daniele Ronqui, que a equipe pôde perceber melhor em que a assessoria precisava melhorar. Ela nos explicou que muitos jornalistas que chegam na associação já querem produzir muitos releases e pautar mais a mídia, mas não é bem assim que a associação funciona.

Na segunda visita fomos recebidas pela coordenadora de comunicação, Daniele Ronqui

D

urante esses dois anos em que a assessoria de comunicação foi implantada, 3 jornalistas já passaram por lá. O trabalho não é pouco e a produção de materiais dos projetos é constante.

Com base no que vimos, sugerimos a contratação de estagiários da área de jornalismo para poder suprir tamanha demanda da associação. O problema não é falta de conhecimento é “falta de pernas” , como bem disse a diretora de comunicação, Daniele Ronqui.

Esse período do começo de ano ainda é um pouco complicado. O setor de comunicação está fazendo um relatório dos últimos dois anos da associação, para poder dar o devido retorno àqueles parceiros que apoiam, principalmente financeiramente, os projetos da ONG.

Calendário ecológico da Associação Caatinga

A partir de fevereiro, as atividades de alimentação de mídias retornam a todo vapor. Serão

3 notícias por semana no site; 3 a 4 postagens por dia no twitter; e 2 por dia no facebook. O mailing e todos os contatos de mídia eles já possuem e um plano de agendamento da Associação Caatinga está sendo elaborado. Sabendo dessa informação, decidimos ajudá-los, elaborando um plano de ação para 2013.

O plano prevê, primeiramente, a contratação de novo pessoal para dar mais fôlego aos trabalhos do setor de comunicação. Em

seguida, propomos uma atualização diária dos clippings, pois, apesar da parceria que a Associação Caatinga tem com a AD2M, em âmbito regional, e a Aproach, em âmbito nacional, os clippings feitos se remetem apenas aos dois principais projetos, que são: “No Clima da Caatinga” e o do Tatu Bola.

Uma ação importante, é utilizar o calendário do ecológico do semi-árido já feito por eles, para propor uma pauta mensal à mídia sobre os assuntos ligados à Caatinga. Lembrando que todas essas ações foram pensadas pel

a assessoria.

A justificativa para esse agendamento mensal e não semanal, é justamente pela falta de pessoal na assessoria de comunicação e pela gama de trabalho muito grande que a elaboração de projetos, livros e materiais demanda. Não podemos propor nenhuma ação que não esteja ao alcance da realidade em que se encontra a Associação Caatinga.

O plano de ação também se estendeu para as mídias sociais e para a criação de uma conta do Instagram, onde os colaboradores podem interagir de forma mais ativa, postando fotos da maravilhosa paisagem da Caatinga.

 

Confira abaixo as fotos das nossas visitas:

Oficina Jornal – Mural

Local de realização: Associação Peter pan

Data da atividade: 18/01/2013

Partindo da informação que a APP é uma instituição que conta com uma Assessoria de Comunicação recente, identificamos a principal deficiência no que diz respeito a esse campo dentro da Instituição: a comunicação interna. Ao perguntarmos para Luana, estagiária de jornalismo, como funcionava a comunicação entre os diversos setores da Associação, ela foi bem clara: a principal dificuldade é fazer com que todos os diferentes setores fiquem interligados, de modo a conseguirem funcionar perfeitamente juntos, cada um sabendo como funciona o outro. Para isso, seria necessário um sistema de intranet (sistema utilizado para comunicação interna de empresas) onde pudessem ser colocadas informações de utilização geral por todos os setores. Contudo, existem alguns obstáculos para que esse sistema funcione de fato, o que representa um problema grave na comunicação da ONG.

A ideia de realizarmos uma oficina de jornal-mural veio justamente para suprir essa dificuldade, apresentando uma alternativa simples, eficiente e barata, de fazer um jornal que pudesse ser facilmente visualizado e bem localizado, de modo que grande parte dos funcionários tivessem acesso à leitura.

Conversamos com o jornalista e assessor de comunicação da APP, Tarcísio Matos, que nos explicou como era a assessoria de comunicação da associação, o que funcionava e o que não funcionava. Então, falamos para ele sobre a ideia do jornal- mural, e ele demonstrou receptividade e disse gostar da ideia, nos dizendo palavras de encorajamento para que pudéssemos realizar a oficina.

Para a realização da oficina contamos com a colaboração e a disposição da estagiária Luana, que nos acompanhou e ajudou no processo.

O jornal-mural é um meio bastante utilizado por empresas e instituições como forma de obter um maior vínculo entre diversos setores de uma empresa, que na maior parte das vezes, trabalham em locais diferentes e não sabem muito bem a função desempenhada pelos outros setores ou que está acontecendo dentro da empresa.

O jornal-mural segue alguns princípios para manter a ordem , como seguir a lógica da leitura da esquerda para a direita, e colocar as notícias por ordem de importância.Geralmente inicia-se pelo institucional e,finaliza-se com entretenimento cultural e esportivo. O jornal-mural tem seis regras básicas: ter data regular, estar bem localizado,ser bem escrito, ser fácil de ler ser bem diagramado e ser atraente.

Decidimos junto com a estagiária Luana o nome para o jornal, o nome deveria representar bem a associação, então escolhemos “APP Notícias”.

Utilizamos como material uma cartolina, canetinha, cola, régua, algumas notícias de jornal e outras notícias da própria assessoria da associação. Recortamos algumas notícias de jornal, dentre elas uma era do Jornal O povo, que havia sido publicada dois dias antes. A matéria falava sobre a visita de um circo da França “Le Cirque” à associação.

A oficina transcorreu de maneira simples e tranquila, sem muitas dificuldades. Decidimos junto com a estagiária Luana o nome para o jornal, o nome deveria representar bem a associação, então escolhemos “APP Notícias”.

Luana, colaborou com a montagem e acredita que vai conseguir manter uma periodicidade de pelo menos uma vez na semana atualizar o jornal-mural, para que ele esteja sempre atualizado. Segundo ela, a oficina foi de grande proveito para a APP, pois faltava algum incentivo para a produção de um veículo de comunicação interna, com a eficácia do jornal-mural.