Oficina de Rádio na Fábrica de Imagens
A oficina de produção de rádio foi realizada na manhã do dia 29 de janeiro sob a supervisão do estudante Marco Leonel Fukuda e a assistência de Tamara Lopes no auditório da organização não-governamental Fábrica de Imagens, no bairro Maraponga. A oficina foi proposta como contrapartida à série de quatro visitas realizadas entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, para o trabalho da disciplina de Jornalismo no 3º setor do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará (UFC). Tendo comemorado 15 anos de existência em 14 de janeiro deste ano, a Fábrica de Imagens já celebrava também um trabalho consolidado de sua assessoria de comunicação, com a publicação periódica de jornais informativos, campanhas educativas, além de vídeos, conteúdos veiculados no site da instituição e em perfis ativos de redes sociais. Porém, o rádio era um universo ainda inexplorado pela Fábrica de Imagens e a ideia da oficina foi acolhida com curiosidade pelos membros da ONG.
Antes de utilizarem o material instalado para a gravação, os alunos foram aprendendo desde a montagem do equipamento de áudio, quais os componentes necessários para a produção radiofônica e um pouco do histórico do rádio no Brasil. A oficina serviria posteriormente como ferramenta para ser aplicada nas ações e nos projetos da Fábrica, voltados para as questões de gênero, juventude e diversidade sexual.
Os grupos se preparam para a gravação
A oficina se dividiu em três partes, contando com a participação de alunos dos projetos de formação da Fábrica de Imagens, de estagiários, colaboradores e membros da própria administração da ONG. Dúvidas sobre regulamentação, funcionamento e elementos da linguagem do rádio foram esclarecidas.
Cerca de 20 alunos estavam presentes na oficina, e um dos assuntos mais instigantes foi sobre a influência do rádio na vida e no cotidiano das pessoas. Iara Moura, jornalista titular da assessoria de comunicação da Fábrica, ressaltou o papel social dos programas de rádio, ao lembrar sobre a companhia proporcionada pelos apresentadores, e toda uma relação de proximidade que nos permite imaginar de quem são as vozes que escutamos todos os dias.
Marco orienta os grupos no exercício de texto para rádio
Marco também explicou, que com o avanço das novas tecnologias, o rádio pôde transmitir em uma série de novas plataformas. O rádio, que sempre foi um meio ágil e dinâmico nas transmissões de notícias, passa a combinar exatamente com toda a instantaneidade exigida pelo jornalismo. Dando o exemplo do recente incêndio ocorrido na boate Kiss em Santa Maria, ele explica que os primeiros a transmitir as notícias foram os reporteres que entraram no ar com seus celulares via transmissão nas rádios de todo o país.
Para a segunda parte da oficina, os alunos se dividiram em grupos de quatro integrantes para produzir roteiros de texto radiofônico. Deixando os participantes livres para criarem o formato que quiserem (spots, programa de rádio, radiojornal, rádio revista, nota de divulgação cultural, etc), Marco e Tamara supervisionaram as equipes e os auxiliaram nesse exercício prático. Os alunos foram orientados acerca das características de clareza, concisão, simplicidade e objetividade presentes na linguagem do texto radiofônico.
Tamara Lopes explica questões de saúde vocal na oficina de rádio
Antes da gravação começar, foi a vez da Tamara explicar um pouco sobre técnicas vocais e o uso correto da voz para a locução no rádio. Exercícios simples, mas bastante eficazes para educar a voz e a garganta, foram feitos e os alunos imitaram. Uma folha contendo várias técnicas de exercícios de saúde vocal elaborados por uma fonoaudióloga foi compartilhada para os alunos tirarem cópia na biblioteca.
Chegou o momento dos alunos colocarem em prática o que aprenderam. Os quatro grupos foram para o microfone e gravaram suas produções. Entre spots, programas de rádio e até produções humorísticas, os alunos se divertiram bastante e aprenderam.
Ao ouvirem suas próprias produções, os alunos obtiveram um retorno de como utilizaram os conhecimentos e de como entrar em contato com o rádio. Na fase final da manhã, houve o momento para avaliarem as três etapas da oficina: a fase expositiva, a escrita do texto radiofônico em grupo e a gravação do roteiro escrito. A oficina de produção de rádio foi muito elogiada e o objetivo foi cumprido para despertar o interesse por essa área sonora da comunicação social.
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