Estudantes da UFC capacitam comunicação em instituto-escola religioso

No trabalho de campo da disciplina de Jornalismo no 3º Setor, acompanhamos o Intituto Filippo Smaldone durante o período de quatro semanas em um trabalho de assessoria técnica comunitária. Foi ministrada uma oficina por semana, sempre às tardes de segunda-feira, levando em conta as demandas em comunicação da instituição.

A instituição
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O Instituto Filippo Smaldone é uma instituição filantrópica que atua em Fortaleza e municípios vizinhos com o objetivo de fornecer atendimento educacional e de reabilitação à crianças e adolescentes com deficiência auditiva. Fundado em 1988, é dirigido pela Congregação das Irmãs Salesianas dos Sagrados Corações e atualmente atende também a população do bairro em que se localiza, Joaquim Távora, através de turmas de creche mistas, compostas por crianças surdas e não-surdas.

A comunicação da instituição é composta por um blog, um site ainda em construção, página e perfil no Facebook, canal no Youtube, uma conta no Flicker e no Instagram, além dos comunicados internos da escola para alunos e familiares. Porém, não há um profissional ou equipe destinada especificamente a esse trabalho. As pessoas que colaboram com a comunicação na escola e no instituto é a auxiliar administrativa, Cindy Barbosa, o intérprete de libras, Felipe Maranhão, a orientadora social, Rafaella Alencar e a auxiliar administrativa e coordenadora da equipe de comunicação do instituto no país, Irmã Indyara Moreira.

As oficinas

Antes de começarmos as oficinas, visitamos o Instituto para que pudéssemos conhecer a estrutura e assim compreender melhor suas necessidades. A partir deste primeiro encontro, notamos que, apesar de já realizarem alguns trabalhos em comunicação, não havia conhecimentos técnicos e os realizavam de forma intuitiva, principalmente no que diz respeito ao contato com a mídia.

Foram realizadas quatro oficinas em um período de quatro semanas, levando em consideração a análise que fizemos das necessidades e também os pedidos dos participantes ao longo das aulas. A primeira oficina se dividiu em dois blocos: o primeiro mais teórico, com noções gerais de comunicação, seguido de análise crítica da mídia a partir de questões éticas. Já no segundo falamos sobre o trabalho de assessoria de imprensa e ensinamos os participantes a fazer um release.

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Nesse momento pudemos responder dúvidas dos participantes tomando como base situações já vividas no trabalho de comunicação da instituição. Decidimos seguir com a temática na segunda oficina, retomando o conteúdo do encontro anterior através de exemplos de releases, porém desta vez com enfoque em questões de redação. Atendendo a pedido dos participantes, levamos exercícios de português a fim de esclarecer os erros gramaticais mais comuns na escrita.
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Outra grande demanda da comunicação da instituição é a produção audiovisual. Portanto, destinamos a terceira oficina à edição de vídeos. Atualmente os vídeos são produzidos no Sony Vegas por Felipe Maranhão que trabalha como intérprete de libras e também encarregado da parte comunicacional, o único da instituição que possuía conhecimentos quanto à edição de vídeo. Fizemos, então, uma oficina básica de edição para que outras pessoas dentro da instituição também pudessem exercer essa função.

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Por fim, a última oficina trouxe uma discussão sobre mídias sociais. O Filippo Smaldone possui perfis em várias redes sociais, alimentados com frequência, e estes funcionam como um dos principais canais de comunicação do instituto com a comunidade. Ensinamos, portanto, estratégias de administração de redes sociais a fim de conseguir uma maior repercussão. Na discussão entraram também noções básicas de fotografia e de produção de peças para a divulgação de eventos e outras atividades da instituição.

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Avaliação

Os quatro encontros que tivemos no Instituto Filippo Smaldone tiveram um resultado satisfatório. Durante as oficinas procuramos estar sempre questionando quanto à realidade da instituição, podendo assim aplicar os conteúdos dados, o que nos permitiu também descobrir novas demandas a serem atendidas nas outras oficinas. Antes das oficinas os participantes já tinham a consciência da importância da comunicação e interesse em aprofundar os conhecimentos técnicos, porém faltava a oportunidade.

Desde o primeiro contato todos mostraram interesse e disposição em participar das oficinas, o que foi essencial para o resultado positivo. Certamente ainda há o que ser melhorado na comunicação do instituto, porém acreditamos que após este trabalho os participantes estão mais capacitados e aptos a realizarem uma comunicação eficiente com o público e a imprensa.

 

Fotos: Larissa Pereira

Alunos da disciplina Jornalismo 3° Setor: Ana Beatriz Leite, Daniel Duarte, Diego Barbosa, Larissa Pereira e Michel Miron.

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