Archive | Junho 2015

‘Rede de Jovens pelo Esporte Seguro e Inclusivo’ recebe consultoria de comunicação de estudantes de Jornalismo da UFC

A Rede de Adolescentes e Jovens pelo Esporte Seguro e Inclusivo no Estado do Ceará (REJUPE/CE) foi a instituição escolhida por alunas da Universidade Federal do Ceará – UFC para realizar o trabalho final da disciplina de Jornalismo no 3º Setor.

O trabalho se desenvolve em três encontros. No primeiro encontro, foi feito um diagnóstico para identificar os principais problemas da instituição relacionados à comunicação. Constatadas as deficiências, foram realizadas três oficinas: Gerenciamento de Redes Sociais, Fotografia e Diagramação de cartazes. As oficinas foram realizadas nos dias 1º de junho e 3 de junho, no Centro de Humanidades da UFC.

A instituição

rejupe

A Rede de Adolescentes e Jovens pelo Direito ao Esporte seguro e Inclusivo, também conhecida como REJUPE, é um espaço de participação e integração formado por adolescentes brasileiros com o objetivo de proporcionar a troca de experiências entre adolescentes, jovens e grupos de participação cidadã de diversas regiões do país para consolidar ações de defesa e promoção do direito a esporte seguro e inclusivo, para todas as crianças e adolescentes do Brasil, assim como iniciativas que incidam diretamente no planejamento e construção de um legado social positivo para os megaeventos esportivos desta década.

Com essa motivação, a REJUPE se articula e mobiliza esforços dirigidos aos seguintes objetivos:

  • Incentivar a participação cívica dos adolescentes para a defesa e promoção do direito ao esporte seguro e inclusivo
  • Sensibilizar e mobilizar adolescentes para integrá-los nas discussões pelo direito ao esporte
  • Promover a colaboração com organizações e instituições sociais, como escolas, clubes esportivos, ONGs, assim como com governos, Comitês da Copa, Olimpíadas e Paraolimpiadas e outras entidades, que possam fortalecer o debate e as ações que promovam o direito ao esporte para toda criança e todo adolescente
  • Estimular a representatividade dos adolescentes na elaboração de políticas públicas relativas ao direito ao esporte e ao legado social dos megaeventos esportivos esperados nesta década
  • Empoderar os adolescentes brasileiros para que eles sejam ouvidos pelas autoridades responsáveis pelo esporte e também pelas autoridades que defendem os direitos das crianças e dos adolescentes

 

O diagnóstico

O primeiro contato com a instituição foi feito no dia 11 de maio, quando as alunas da equipe encontraram Daniel Macedo, integrante da Rede que está mais à frente do projeto e que está numa fase de afastamento da instituição e analisa como urgente a necessidade que repassar a autonomia para os outros integrantes.

Daniel contou à equipe que o trabalho da Rede atualmente encontra-se muito concentrado nele, e os outros integrantes ainda não tem tanta autonomia devido ao fato de sempre as atividades passarem pelas mãos dele.

As alunas decidiram então que os próximos encontros seriam feitos sem a presença de Daniel para que os outros integrantes se apropriassem mais do projeto.

O segundo contato e o primeiro encontro oficial com a REJUPE foi feito com outros membros da Rede no dia 19 de maio, onde houve uma conversa sobre os problemas que a instituição enfrenta. Os integrantes apontaram falta de conhecimento em diversas áreas, e esse era o principal motivo das tarefas sempre se concentrarem em uma pessoa só.

A equipe decidiu juntamente com os integrantes da REJUPE que eram necessárias oficinas de conhecimentos básicos para que eles alimentassem a fanpage da instituição, que se encontrava parada há quatro meses.

Oficina de Gerenciamento de Redes Sociais

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Durante a primeira oficina, com o tema gestão de mídias sociais, dois membros da REJUPE compareceram. Ficou visível para a equipe na primeira oficina que, internamente, existem problemas de comunicação e horários de disponibilidade diferente entre eles. Foi algo percebido também nas oficinas que se seguiriam.

Camila Soares e Rhaiza Lima usaram a própria página da instituição para identificar alguns problemas na gestão da página. A última postagem na página havia sido em fevereiro deste ano, e a equipe conversou com os membros da Rede sobre alguns aspectos para a melhoria do alcance nas redes sociais, tais como parcerias, investimento em postagens com fotos e vídeos, postagens em horários mais proveitosos, entre outras. Observamos que apesar de interessados, são poucos os membros da REJUPE que compareciam às oficinas.

A primeira oficina com os membros foi bastante proveitosa, já que eles absorveram o conteúdo e pareciam dispostos a colocá-lo em prática nas atividades de comunicação da REJUPE.

Oficina de Fotografia

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Quanto às necessidades do grupo, foi observado também uma falta de conhecimento geral em fotografar, e que era muito preciso, pois os eventos que a REJUPE participa precisam de uma cobertura, tanto para divulgação quanto para a documentação. E essa tarefa ficava sobrecarregada em uma única pessoa que domina algumas técnicas de fotografia.

Com isso, foi oferecida uma oficina de fotografia, pelas alunas Meillyne Gomes e Marina Holanda, com técnicas e regras básicas de fotografar. O objetivo era que todos pudessem utilizar uma máquina, ou próprio celular, para registrar os momentos de encontro e reunião deles.  A oficina foi divida em: Cobertura de eventos e atividades: o que fotografar?, Como fazer boas fotos do meu celular?, Foto profissional, e Mãos à câmera.

Foi discutido sobre o conteúdo fotográfico das imagens, e a força que uma fotografia tem para documentação de momentos. Além de noções de enquadramento, regra dos terços, angulação e configurações de iluminação em dispositivos móveis. Os dispositivos móveis são os mais utilizados pelo grupo, por isso o enfoque na oficina. Foram apresentadas formas possíveis e acessíveis de fazer boas fotos pelo celular, com a ajuda de alguns conceitos técnicos básicos da fotografia, válidos para qualquer dispositivo

A fotografia profissional também foi trabalhada com uma câmera semi-profissional levada pelo grupo de estudantes para aplicar na oficina. A fim de que todos pudessem utilizar e saber minimamente como funciona uma câmera digital, com noções de enquadramento, tempo de exposição, ISO, foco manual, e vídeo.

 

Oficina de Diagramação

foto: Meillyne Gomes

Esta parte do trabalho de consultoria foi considerada de extrema importância pelos jovens da REJUPE. Uma vez que praticamente todos os trabalhos gráficos do grupo eram centralizados em uma única pessoa − que se encontra em processo de afastamento − os demais integrantes do grupo eram alheios ao processo de criação de cartazes e de trabalhos com diagramação, por exemplo.

Pensou-se, então, na ideia de ofertar uma oficina de diagramação, onde os passos iniciais seriam dados e os jovens estariam aptos para criarem seus próprios cartazes de divulgação das ações da Rede. A oficina foi ofertada pelas estudantes Letícia Almeida e Lia Mota e teve caráter teórico-prático.

De início, dicas de cunho teórico e visual foram repassadas ao representante da Rede, que já conhecia minimamente o programa utilizado para diagramar, o InDesign, da Adobe. Finalizada a primeira parte da oficina, chegou a vez da parte prática. InDesign aberto, a tarefa era criar um cartaz para divulgação de projeto realizado pela Rejupe. Tipografias, posicionamentos, inserção de imagens e diagramação de texto foram algumas das dúvidas esclarecidas, além de dicas úteis como a utilização de atalhos e janelas do programa.

Estudantes de Jornalismo da UFC capacitam representantes de ONGs cearenses vinculadas a Organização Internacional

Alunos do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) ofertaram oficinas gratuitas para capacitar o setor de comunicação de oito ONGs que atuam no desenvolvimento sócio-educativo de crianças e adolescentes na última terça-feira, 02. Financiadas pela fundação ChildFund Brasil, organização internacional que arrecada recursos para promover projetos no âmbito da infância, as ONGs cearenses reuniram seus representantes na sede da instituição, localizada no bairro Meireles, em Fortaleza, com o objetivo firmar um plano de comunicação padronizado.

Alunos de Jornalismo da UFC realizam oficinas com representantes de ONGs financiadas pela organização internacional ChildFund

Alunos de Jornalismo da UFC realizam oficinas com representantes de ONGs financiadas pela organização internacional ChildFund

O trabalho faz parte da disciplina de Jornalismo no Terceiro Tetor, ministrada pela professora Márcia Vidal para os alunos do sexto semestre e que tem como proposta a oferta de oficinas e estruturação de um plano de comunicação para entidades do terceiro setor, oferecendo consultoria e auxílio em relação às necessidades comunicacionais mais urgentes e específicas. O grupo formado pelos alunos Felipe Autran, Giulianne Batista, Ingrid Coelho, Lucas Barbosa, Lucas Bernardo e Samuel Quintela escolheram a organização ChildFund, que, no Brasil, implementa programas e projetos sociais através de parcerias com mais de 50 organizações que atuam em mais de 600 comunidades de regiões urbanas e rurais de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Amazonas e Rio Grande do Norte.

ChildFund Brasil

ChildFund Brasil é uma organização internacional que trata de crianças e adolescentes em situação de vunerabilidade social

ChildFund Brasil é uma organização internacional que trata de crianças e adolescentes em situação de vunerabilidade social

Cerca de 157 mil pessoas, dentre elas, 99 mil crianças, adolescentes e jovens que vivem em situação de pobreza, exclusão e vulnerabilidade, participam de projetos sociais nesses espaços.

ChildFund Brasil se propõe a desenvolver intervenções articuladas e com o envolvimento de doadores, parceiros, governo, famílias, comunidades e sociedade, com a finalidade de promover o fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos de crianças, adolescentes e jovens, com a participação ativa desses atores. A proposta de atuação está fundamentada na Política Nacional de Assistência Social (PNAS).

A vitalidade das ações desenvolvidas pelo ChildFund Brasil está na relação estabelecida entre crianças e doadores (padrinhos e madrinhas) por meio do Programa de Apadrinhamento. Através desse relacionamento de generosidade e solidariedade, é possível promover a transformação na vida de uma criança, de um adolescente ou de um jovem, através de um estímulo, conselho ou elogio. Esse vínculo que interliga sentimentos, distâncias e realidades tão diferentes, faz bem tanto para quem apoia, quanto para quem recebe o apoio.

Apesar de fazer parte de um órgão internacional, a ChildFund Brasil tem um escritório de comunicação em Belo Horizonte (MG), que não tem a capacidade de atender as múltiplas demandas das ONGs que participam do projeto. Assim, cada ONG atua de maneira voluntária para divulgar o próprio trabalho desenvolvido. Devido as limitações financeiras e de estrutura organizacional, nenhuma ONG cearense conta com um professional de assessoria. As oficinas foram ofertadas no intuito de capacitar os atores de comunicação destas ONGs para ampliar o alcance do público das organizações.

Diagnóstico

Desde 1966 no Brasil, o ChildFund Brasil é uma organização de desenvolvimento social que por meio de uma sólida experiência na elaboração e no monitoramento de programas e projetos sociais mobiliza pessoas para a transformação de vidas. Crianças, adolescentes, jovens, famílias e comunidades em situação de risco social são apoiadas para que possam exercer com plenitude o direito à cidadania. No Brasil, a organização beneficia, por meio de projetos sociais, mais de 150 mil pessoas, das quais quase 100 mil são crianças, adolescentes e jovens. Para isso, o ChildFund Brasil conta com a parceria de mais de 50 organizações sociais, que atuam em mais de 800 comunidades urbanas e rurais. O ChildFund é mantida por doações de pessoas físicas de todo o mundo.

Canais de comunicação

Embora o ChildFund Brasil conte com uma equipe de comunicação profissional na sede nacional, localizada em Belo Horizonte, a equipe local tem uma comunicação direta com o público bastante limitada. Não há presença na Internet. Na seção de contatos do site nacional é possível encontrar o telefone dos escritórios de Fortaleza e do Crato.

Deficiências em comunicação apontadas

  • A equipe local tem dificuldade em enviar pautas e propostas de matérias para os jornais locais. Como a equipe de comunicação fica em Belo Horizonte, é lá onde eles conseguem divulgar a maioria dos eventos relacionados às organizações.
  • As organizações locais que trabalham em parceria com o ChildFund Brasil têm deficiências diversas na área. Foram apontadas dificuldades em criar releases, trabalhar com redes sociais e criar portfólio com o trabalho das organizações.

Possíveis soluções

  • Organizar uma lista de contatos que possam ser do interesse do ChildFund Brasil no Ceará e repassar essa lista tanto para a equipe local como para a equipe de comunicação.
  • Organizar uma oficina com a presença de representantes das organizações locais que trabalham em parceria com o ChildFund Brasil esclarecendo dúvidas relacionadas à comunicação.

Oficinas

Os facilitadores preparam oficinas de assessorial de comunicação, fotografia e gestão de redes sociais para colaborar com a comunicação de oito ONGs fortalezenses. No total, 10 representantes participaram das oficinas no intuit de serem multiplicadores dos conteúdos apresentados para as oito ONGs envolvidas.

Oficina de Assessoria de Imprensa

alunos Giulianne Batista e Lucas Barbosa apresentam as ferramentas para fazer assessoria de imprensa no terceiro setor

alunos Giulianne Batista e Lucas Barbosa apresentam as ferramentas para fazer assessoria de imprensa no terceiro setor

Com o objetivo de aproximar as ONGs da imprensa, a oficina de assessoria visou trabalhar ferramentas e atuação de um agente de comunicação em uma entidade de terceiro setor. Apesar de não haver nenhum profissional específico da área atuando na assessoria destas ONGs, os participantes se voluntariaram para realizar este papel no intuito de tornar o trabalho desenvolvido por cada organização visível à sociedade.

Assim, o objetivo a longo prazo, é agendar a imprensa para cobrir os espaços e as atividades que as comunidades carentes de Fortaleza realizam a partir dos projetos que a ChildFund Brasil financia. Desta maneira, eles estarão sendo pautados pela imprensa cearense, alcançando o reconhecimento social, divulgando o próprio trabalho, reforçando a imagem das organizações e colocando o tema da criança e do adolescente sempre em questão.

Foram apresentadas as funções, responsabilidades, produtos e serviços que a assessoria de imprensa realiza. Dentre eles, o release foi o foco de boa parte da oficina, uma vez que é o instrumento mais básico para alcançar um jornalista.

Além dele, foram tratados também:

Proposta/sugestão de Pauta – Informe sucinto enviado aos veículos de comunicação a respeito de determinado assunto de interesse para o veículo e à sociedade.

Mailling-list de Jornalistas – Listagem atualizada com nome, editoria, fax, telefone, e-mail de jornalistas.

Contato com a Imprensa – Normalmente feito por telefone para aprofundar informações enviadas por e-mail ou confirmar presenças em coletivas, marcar encontros com assessorado etc

Pasta de Imprensa (Press Kit) – Textos e fotos para subsidiar os jornalistas de redação com informações, normalmente usadas em entrevistas coletivas, individuais ou feiras e eventos.

Clipping Impresso, Clipping Eletrônico e em Tempo Real (online) – Levantamento das matérias publicadas nos veículos de comunicação. Organizados a partir da leitura, acompanhamento e seleção das notícias que interessam ao assessorado.

Sites – O jornalista deve atuar na definição do conteúdo e atuar na “edição das páginas”, assim como na aprovação do design do site feito por profissionais especializados.

Um mailling-list já montado foi repassado para as organizações no intuit de facilitar o contato deles com os repórteres dos veículos de comunicação do Ceará. Além disso, foi destacado a importância do uso da pirâmide invertida e da linguagem formal e direta para feitura deste material.

Oficina de Fotografia

Aluno Samuel Quintela fala sobre a importância de tratar os termos de imagem de crianças e adolescentes na imprensa

Aluno Samuel Quintela fala sobre a importância de tratar os termos de imagem de crianças e adolescentes na imprensa

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Oficina de Gestão de Mídias Sociais

Felipe Autran apresenta os principais recursos para trabalhar a imagem das organizações na internet

Felipe Autran apresenta os principais recursos para trabalhar a imagem das organizações na internet

Utilizado amplamente como canais de comunicação institucional, as mídias sociais como Facebook, Twitter e outras redes são importantes ferramentas de divulgação. Levando em consideração que os sites citados, além do Instagram representam 75% dos acessos diários dos internautas brasileiros, viu-se a necessidade de aplicar esta oficina com foco na presença da organização neste meio.

Ministrada por Felipe Autran, a oficina mostrou não só a importância de registrar presença nessas redes, mas abordou também a necessidade de manter tais ferramentas ativas e atualizadas. Percebeu-se também a necessidade de explanar dicas para o funcionamento eficiente. Itens imprescindíveis ao se falar em redes sociais e comunicação institucional como o controle e unidade das páginas e periodicidade do conteúdo.

Com ênfase no Facebook, alguns padrões para auxiliar na periodicidade dos conteúdos foram apresentados às organizações participantes da oficina:

• 1 a 2 postagens por dia.

• 13h às 17h em dias de semana, com pico às 15h.

• Evite madrugadas e fins de semana.

• Imagens, vídeos e links são bem vindos, pois dinamizam o conteúdo.

• Procurar conteúdo interessante para as postagens e que estejam de acordo com o perfil de quem curtiu a página, além de aliar conteúdos da atualidade cabíveis a instituição.