Estudantes realizam oficinas voltadas para a comunicação interna da Associação 64/68 Anistia

Alunos do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) encontraram membros da Associação 64/68 Anistia na última sexta-feira, 29, na sede da instituição, localizada no bairro Benfica, em Fortaleza, com o objetivo de apresentar um plano de direcionamento comunicacional para ser utilizado pela associação.

O trabalho faz parte da disciplina de Jornalismo no Terceiro Tetor, ministrada pela professora Márcia Vidal para os alunos do sexto semestre e que tem como proposta que os participantes desenvolvam um plano de comunicação juntamente com alguma entidade do terceiro setor, oferecendo consultoria e auxílio em relação às necessidades específicas do orgão contemplado. O grupo que escolheu a instituição Associação 64/68 Anistia é formado pelos estudantes Ana Beatriz Farias, Igor Cavalcante, Larissa Wenya, Letícia Alves e Messias Borges.

Associação mantém acervo documental sobre a Ditadura Militar no Brasil.

Oficinas contaram com a participação de 5 membros da Associação 64/68.

A instituição:

A Associação 64/68 Anistia, fundada no ano de 2000, fruto do Movimento Anistia 20 Anos, é uma entidade sem fins lucrativos que reúne basicamente pessoas vítimas das violências políticas praticadas na Ditadura Militar (1964-1985), mas é aberta, também, à participação de qualquer pessoa que concorde com seus estatutos.

A instituição atua sob 3 frentes: assessoria jurídica, memória e atualidade. A primeira é auxiliada por uma equipe de advogados que atuam na preparação e acompanhamento de requerimentos de reparação econômica, nas instâncias administrativas federal e estaduais.

Já no que diz respeito à memória, a associação mantém um acervo documental, jornalístico, oral, material, audiovisual, bibliográfico e iconográfico, o Centro de Documentação e Memória, que disponibiliza à sociedade, para a pesquisa.

Por fim, em termos de atualidade, a 64/68 atua participando da vida política e cultural do país, promovendo eventos, encontros e debates relacionados especialmente à anistia e ao combate à tortura.

Convidados participaram efusivamente da oficina, discutindo e tirando dúvidas sobre todos os assuntos.

Convidados participaram efusivamente da oficina, discutindo e tirando dúvidas sobre todos os assuntos.

Escolha e diagnóstico:

A escolha da associação foi feita após alunos do próprio grupo terem passado por problemas ao tentar contactar a 64/68, em outras ocasiões, devido a falta de informação disponível sobre a instituição; e por acreditarem na causa e no trabalho da mesma.

A primeira visita à entidade aconteceu no dia 27 de abril. Os alunos conversaram por quase duas horas com Célio Miranda, que trabalha na 64/68 Anistia. Ele relatou os principais problemas que tinham e descreveu as atividades do dia a dia de lá, para que o maior número de informações possíveis fossem colhidas.

Após esse momento, os estudantes discutiram a situação da entidade e elaboraram uma lista com um conjunto de problemas notados ao longo da conversa. No dia 18 de maio, a equipe realizou uma segunda reunião com os membros da instituição, a fim de afinar a percepção de todos em relação às principais deficiências de comunicação da entidade. Depois dessa segunda reunião, o grupo de alunos traçou um planejamento a partir do que foi notado.

Alguns dos principais problemas notados pelos alunos foram relativos à comunicação interna, ou seja, entre os próprios membros da associação. Os associados não têm conhecimento sobre os projetos desenvolvidos na Associação, participam raramente do dia a dia da instituição e, consequentemente, não têm convivência. Para piorar, não há periodicidade definida para reuniões entre os membros e a diretoria da instituição.

Os problemas anteriores acabam gerando outros problemas, como o atraso dos pagamentos das contribuições, o que dificulta o acesso à verba para o desenvolvimento de ações de comunicação interna e externa e para as atividades da entidade, já descritas.

A comunicação externa também apresenta problemas, como a desatualização das páginas que a associação possui na Internet. As páginas chegam a ter informações erradas, o que dificulta o acesso de pessoas que estejam interessadas em contribuir e/ou a participar.

Esses erros graves na comunicação externa fizeram com que ela também entrasse no plano de comunicação desenvolvido pela equipe, mesmo que a melhora na comunicação interna tivesse sido tomada como o objetivo principal.

Em suma, na fase do diagnóstico, os estudantes perceberam três pontos nos quais poderiam colaborar com a situação da instituição: ajudar a estabelecer um perfil na rede social Facebook, fazer um modelo de boletim impresso que possa ser enviado para os associados e dar diretrizes para que os membros possam organizar um evento para lançar essas novas iniciativas e, a partir dele, se reunir mais regularmente.

Célio Miranda, à direita, definiu o trabalho realizado pela equipe como uma oportunidade: "estão ensinando a pescar".

Célio Miranda, à direita, definiu o trabalho realizado pela equipe como uma oportunidade: “estão ensinando a pescar”.

As oficinas:

Os discentes preparam 3 oficinas para colaborar com a comunicação dos membros da associação e contaram com a presença de 5 pessoas, sendo 3 membros e 2 colaboradores da instituição, além de todos os membros da equipe.

Oficina de Comunicação na Internet:

Apesar de levar o nome de Comunicação na Internet, esse momento foi dedicado a dar as instruções necessárias para a criação de uma fanpage para a associação que será hospedada na rede social Facebook. Apesar de não ser o foco do encontro, a primeira oficina foi voltada à melhoria na comunicação externa.

A fanpage foi escolhida por ter sido vista pela equipe como o método de entrada mais eficaz da associação na Internet, no que diz respeito ao público de não associados, uma vez que o Facebook é, hoje, a maior rede social do mundo e os custos para criação e manutenção de uma página no site são irrisórios.

A oficina foi ministrada por Messias Borges, que explicou, passo a passo, como se dá a comunicação institucional na rede, tratando desde as especificidades técnicas necessárias para a criação de uma página na rede social, até o que cabe ou não ser dito, nesse meio de comunicação, por uma associação do cunho da 64/68.

Na primeira oficina, também foram destacadas pela equipe algumas falhas que a associação já cometeu em uma outra tentativa de fazer parte da rede social, para que, dessa vez, o aprendizado anterior se some à nova experiência e garanta maior sucesso na relação da instituição com a internet.

Modelo do boletim foi programado pelos estudantes para facilitar a execução para a instituição.

Modelo do boletim foi programado pelos estudantes para facilitar a execução para a instituição.

Oficina para criação de boletim:

No processo de elaboração do projeto de comunicação para a associação, os estudantes perceberam também uma grave dificuldade de comunicação entre os próprios membros da 64/68. Na tentativa de estabelecer um método constante e eficaz de comunicação para resolver esse problema, tendo em vista que muitos dos membros não costumam acessar à internet, o grupo da UFC propôs um modelo de boletim impresso que deve ser enviado, pelo correio, às casas dos associados.

No boletim apresentado ‒ idealizado e formatado por Letícia Alves e Igor Cavalcante ‒ já há áreas destinadas a temas e gêneros específicos. Fora isso, a publicação já veio com uma formatação própria, facilitando a execução do projeto. No molde exibido, basta que os membros troquem o conteúdo fictício pelo conteúdo real e enviem aos membros. O custo da ação também foi programado e, se o projeto for executado da maneira que foi idealizado ‒ em preto e branco, ocupando a frente e o verso de uma folha A4 ‒ o gasto financeiro da instituição será bastante reduzido.

Além de facilitar a comunicação entre os membros e estreitar os laços entre os associados, o boletim deve também conter caráter informativo, publicando assuntos de relevância em relação aos temas enfocados pela instituição.

Oficina de organização de eventos:

A oficina de eventos foi ministrada por Ana Beatriz Farias e Larissa Wenya. Nessa etapa do encontro, as estudantes deram uma noção geral do conceito de evento para os presentes, explicando as diferenças entre os tipos de evento e as ocasiões mais adequadas para realizar cada evento citado.

Essa terceira parte do encontro foi definida pela equipe como essencial para a instituição, uma vez que ela se encontra esvaziada de membros e que as reuniões não apresentam regularidade.

Após uma explanação geral, a equipe partiu para uma apresentação de propostas relativas a uma primeira reunião realizada pela 64/68, após o trabalho feito em parceria com os estudantes. Nessa reunião, devem ser apresentados os novos projetos da fanpage e do Boletim, que já devem estar em funcionamento. Depois, os membros devem ter um momento de convivência e avaliação dos primeiros resultados.

O principal objetivo de planejar bem os caminhos que levarão até a reunião de inauguração dos novos moldes é unir os associados em prol das causas que envolvem a entidade, promover a interação entre eles e fazer com que as reuniões, a partir de então, tenham um bom nível de regularidade.

Associados mais antigos ficaram entusiasmados com oficina de organização de eventos, projetando encontrar e conhecer outros integrantes da ONG.

Associados mais antigos ficaram entusiasmados com oficina de organização de eventos, projetando encontrar e conhecer outros integrantes da instituição.

Assessoria de imprensa, fotografia e redes sociais entram em pauta no Instituto dos Cegos

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O Instituto Hélio Goes, uma Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC) localizada em Fortaleza, foi o local escolhido por alunos de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) para realizar uma atividade da disciplina de Jornalismo no 3º Setor.

O trabalho foi dividido em quatro momentos. No primeiro, foi feito um diagnóstico para detectar as principais necessidades da instituição relacionadas à comunicação. Verificadas as carências, foram realizadas três oficinais: Assessoria de Imprensa e suas Aplicações, Fotografia para Eventos e Atuação das Organizações nas Redes Sociais. As oficinas, realizadas nos dias 26/10, 03/11 e 10/11, reuniram, em média, 20 pessoas por dia, entre alunos e professores do Instituto.

Diagnóstico

O primeiro contato com a Instituição foi feito no dia 6 de outubro, quando membros da equipe fizeram uma visita às instalações físicas e conversaram com o professor Paulo Roberto. Engenheiro eletrônico, abandonou a profissão quando o dificuldade para enxergar começou a atrapalhar os trabalhos. Decidiu, então, se dedicar a ajudar outras pessoas com deficiência visual e hoje é o responsável pelo laboratório de informática, além de ser muito querido pelos alunos.

Paulo foi fundamental para a elaboração da série de oficinas Noções Básicas de Assessoria de Imprensa, ministradas pelos alunos Anderson Cid, Camila Holanda, Gustavo Linhares, Karoline Rodrigues e Maria Isabella, como atividade da disciplina de Jornalismo no 3º setor, do curso de Jornalismo da UFC.

Outra equipe da mesma disciplina, em semestre anterior, já havia feito algumas oficinas de rádio para os alunos assistidos pelo Instituto dos Cegos. Dessa vez, os universitários tinham algo diferente em mente: capacitar os servidores da casa para lidarem com tarefas comuns a assessores de imprensa, como escrever releases, manter páginas online sempre atualizadas e a tirar boas fotos.

Tão logo começou a conversa com o professor Paulo, os universitários foram surpreendidos com a informação de que o instituto não tinha equipe de comunicação. Uma jornalista, há muito tempo, se voluntariara para ocupar a vaga. Porém, atualmente o Instituto conta com a professora Juliana Cláudio e outros funcionários, que organizam os eventos e tentam pautá-los nos meios de  comunicação. Eles seriam o público-alvo das oficinas.

Esses servidores também são responsáveis pela manutenção do site e da fanpage do Instituto dos Cegos. O site está desatualizado e a fanpage não tinha tanto alcance (contava com pouco mais de 300 curtidas). A pouca frequência das postagens e a qualidade das fotos publicadas foram os principais motivos para que fossem incluídos no curso os módulos de Fotografia e Redes Sociais.

Uma grande vantagem de desenvolver esse tipo de atividade no Hélio Goes é a de que eles dispõem de uma ótima estrutura. Acostumados a receber cursos, têm uma ampla sala específica para isso, equipada com datashow, notebook e ar-condicionado. Outro espaço crucial para o desenvolvimento das oficinas foi o Laboratório de Informática, com computadores equipados com o DosVox, um software que permite aos cegos ouvir o que escrevem no teclado, facilitando o desenvolvimento da oficina de Atuação das Organizações nas Redes Sociais.

Duas semanas depois, no dia 19 de outubro, a equipe voltou para combinar as datas com o professor Paulo Roberto e ficou fechado o cronograma:

26/10 – Assessoria de Imprensa

03/11 – Fotografia de Eventos

10/11 – Atuação das Organizações nas Redes Sociais

Oficina de Assessoria de Imprensa

Com objetivo de ensinar as noções básicas, porém mais importantes, da assessoria de imprensa, foi dado início à sequencia de oficinas com a temática Assessoria de Imprensa e suas Aplicações. O momento, assim como os módulos seguintes, foi dividido em três partes: explicação teórica, explanação do assunto na parte prática e a aplicação de uma atividade que permita usar os conhecimentos apreendidos no decorrer da oficina.

A aula foi ministrada pelas universitárias Camila Holanda e Karoline Rodrigues e contou com uma introdução sobre o que é de fato assessoria de imprensa, em um primeiro momento, elucidando questões sobre quais os fazeres dessa atividades, qual a sua importância para empresas ou instituições como o Instituto dos Cegos Hélio Goes, como é realizado, quais os procedimentos principais, etc.

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Camila Holanda e Karoline Rodrigues ministram a oficina de assessoria de imprensa.

Para medir a profundidade de conhecimentos que os alunos tinham da temática, eles foram questionados sobre qual a importância da assessoria e como ela deveria ser feita. A grande minoria já tinha uma breve noção do que seria tratado, dentre eles havia o Lucas, quem já tinha trabalhado durante cinco anos, segundo ele, com organização de eventos. E havia também Carmem Menezes, jornalista que, devido a sua experiência em sua carreira, conhecia os por menores da profissão e da atividade – métodos os quais o assessor, como por exemplo, contar com a mídia externa, pode se utilizar para fortalecer a comunicação da sua instituição e alimentar a comunicação para com o público visado.

Quanto a parte prática, foi mostrado e citado quais os passos fundamentais para ser realizado durante o exercer do assessor de comunicação, como planejamento de comunicação, media training, notas, convocação da imprensa, contato com os jornalistas, informar, releases, follow-up e, por fim, a avaliação dos resultados.

E, por fim, o momento da atividade foi realizado. Ele se resumiu em pedir aos alunos que produzissem um release, assim como ensinado anteriormente, sobre quaisquer eventos que estejam ocorrendo ou que iriam ocorrer no instituto. Essa serviu como avaliação para compilar o aprendizado. Na semana seguinte, os releases foram corrigidos e devolvidos para que eles pudessem enviar para imprensa e divulgá-los para os emails que reunimos com essa finalidade.

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Alunos discutem em grupo a atividade prática na oficina de assessoria de imprensa.

Oficina de Fotografia

O objetivo dessa oficina era ensinar as noções básicas de fotografia. A aula, assim como os demais módulos, foi divida em três partes: teoria, explanação do assunto na parte prática e a aplicação de uma atividade, que permitiu usar os conhecimentos apreendidos durante o curso. A Oficina de Fotografia foi ministrada no dia 03/11 pelo estudantes Anderson Cid e Maria Isabella Miranda.

Inicialmente, foi abordada a história da fotografia, de modo a situar os alunos no tema abordado, nesse início de aula foi repassado a relação entre a fotografia e a guerra, a história do fotojornalismo e a fotografia documentária.  Após esse início, a aula prossegui explicando os equipamentos básicos para se fotografar. Nesse momento, passamos pelos alunos algumas câmeras, lentes e outros equipamentos.

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Maria Isabella e Anderson Cid ministram a oficina de fotografia.

Outros assuntos abordados durante a aula foram: iluminação, foco, abertura de lente e velocidade do obturador. Assuntos essenciais para o ensino da fotografia básica. Após a parte teórica, tivemos um breve intervalo, no qual os alunos puderam desfrutar de um lanche e contar um pouco de suas experiências com a fotografia.

Ao voltarmos para a aula, pudemos colocar em prática a arte de fotografar. Dividimos as salas em grupos de três, com uma câmera pra cada equipe. Passamos, então, a conversar acerca de explicações técnicas: como segurar a máquina, onde apoiá-la, os tipos de enquadramento, o vocabulário do mundo da fotografia, a distância que devem estar do objeto a ser retratado para o enquadramento desejado.

Acompanhados por membros da equipe e professores, os alunos tiveram a oportunidade de fotografar ambientes do Instituto e colegas de turma. Após a atividade, todos retornaram para a sala e foram convidados a trazerem na próxima aula cinco fotografias tiradas durante a semana.

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Aluna usa o toque para identificar a altura da pessoa a ser fotografada.

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Alunos durante a atividade prática da oficina de fotografia.

Oficina de Redes Sociais

Como forma de agregar e aplicar o que foi exposto nos dois primeiros encontros, a terceira e última oficina falou acerca da importância das redes sociais na internet para a assessoria de imprensa do Instituto. A oficina foi ministrada pelos universitários Gustavo Linhares e Karoline Rodrigues.

Primeiramente, foi exposta um pouco da história das redes sociais na internet, desde o surgimento à popularização. Também foi levada aos alunos uma contextualização acerca da importância dessa tecnologia para as empresas na contemporaneidade e quais as formas mais utilizadas para divulgar a organização nas redes sociais.

Karoline Rodrigues e Gustavo Linhares ministram oficina de redes sociais

 

Após isso, foram listadas algumas peculiaridades das principais redes sociais na internet atualmente (Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e Flickr) e como acontece a atuação das empresas dentro delas. Nesse momento, foi explicado, por exemplo, o porquê de uma fan page ser mais indicada para empresas do que um perfil pessoal no Facebook, bem como os motivos pelos quais uma galeria de imagens no Flirck é um dos modos mais adequados para armazenar fotografias.

Com o intuito de agregar os conhecimentos adquiridos nas duas outras oficinas, a atividade proposta pedia que os alunos pensassem em algo relacionado ao Instituto, pegassem informações e fotografassem, a fim de publicar o material na fan page do Instituto Hélio Góes, que tem atuação discreta e conta com 433 curtidas. Para isso, contamos com o apoio do sistema computacional Dosvox, que usa uma técnica de voz para fazer a leitura das páginas do computador.

Alunos elaboram publicação para a fan page do Instituto no Facebook, na oficina de redes sociais

Em virtude de uma grande disparidade de domínio do sistema entre os alunos e do limitado tempo de internet, conseguimos fazer com que apenas um equipe finalizasse todo o processo até a publicação na página da organização. Na ocasião, o tema escolhido por eles foi a própria oficina que estava sendo ministrada. Outros alunos, no entanto, utilizaram os ensinamentos para movimentar os perfis e páginas de projetos pessoais.

Galeria de fotos

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Oficina de Fanzine proporciona tarde comunicativa para alunos da ABEMCE

Aconteceu nesta segunda-feira (10) a oficina de fanzine com os 19 alunos do 4º ano do ensino fundamental da ABEMCE, Associação Beneficente ao Menor Carente. A partir da criação dessa mídia alternativa, as crianças puderam, em grupo, comunicar-se e gerar um material que será repassado à escola.

Foi depois da lição de gramática que a professora Silvana deu total liberdade para que alunos do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará, Nyara Cavalcante, Falkner Moreira, Ana Lídia Coutinho, Luciana Herculano e Nathanael Filgueiras, pudessem ter contato e explicassem às crianças sobre esse meio de comunicação alternativo.

Alunos do 4º ano da Abemce participam de oficina de Fanzine com estudantes de Jornalismo da UFC

Diagnóstico

Durante a primeira visita da equipe à instituição, diagnosticamos que as principais deficiências em comunicação era a falta de uma página na web institucional (site ou blog) para apresentar a própria instituição, veicular projetos e programas sociais e manter contato com a sociedade. Além disso, a comunicação interna da Abemce é deficiente: as novidades não se espalham, alunos e professores de núcleos diferentes acabam ficando por fora do que acontece dentro da própria escola.

Outro aspecto detectado é que a manutenção de mídias sociais, como o Facebook, não são bem trabalhadas. A instituição possui duas fanpages, uma voltada para todos os projetos e outra especificamente para o projeto Jovem Aprendiz. Quem as mantém é a própria coordenadora, que se empenha, mesmo sem conhecimento especializado, em fazer postagens, que acabam não utilizando linguagem apropriada nem gerenciar conteúdos informativos essenciais. Ou seja, não há planejamento. Por último, o aspecto da comunicação visual: apesar de possuir uma logomarca, ela não se faz presente nem externamente através das mídias sociais, nem mesmo na escola.

A mídia escolhida

O Fanzine é um formato de mídia livre que permite o uso de criatividade e experimentação, por isso escolhemos este modelo para trabalhar com as crianças. A execução do trabalho incentivou os pequenos a realizarem trabalhos manuais como corte e colagem e fomentou a interatividade na turma. Além

Por meio do Fanzine, as crianças puderam contar, com suas próprias palavras, recortes e desenhos, suas visões de mundo, sonhos, da cidade de Fortaleza, sobre a abemce e dizer o que é comunicação. Especificamente para a criação do fanzine foram escolhidos cinco tópicos: sonhos e profissões, poesias, cidade, comunicação e o que a Abemce representa.

Os temas foram desenvolvidos em duplas e cada uma ficou responsável por uma página. Foi solicitado com antecedência que os alunos levassem revistas variadas para ajudar na construção do informativo. A oficina durou três horas com um intervalo de 20 minutos. Ao final do trabalho juntamos todas as páginas e construímos o fanzine informativo da Abemce.

Resultados

Alunos do curso de Jornalismo reunidos com a professora Silvania

O objetivo final desse trabalho coletivo, cada um com seu nível de conhecimento de mundo e personalidade, foi fazê-los refletir sobre comunicação. O resultado foi positivo: Com criatividade, os alunos conseguiram apresentar estruturações coerentes conforme cada tema proposto, estimulando o desenvolvimento da linguagem, da leitura e dos recursos gráficos. Além disso, como o trabalho foi em dupla, foi trabalhada também a questão da socialização e do espírito de equipe, o que foi muito produtivo, já que as duplas que iam terminando interagiam com as outras, contribuindo ou opinando sugestões.

O fanzine deverá ser entregue à ABEMCE e circular entre professores, administradores e alunos. Essa iniciativa deve servir de inspiração para que a produção outros veículos comunicativos sejam estimulados dentro da escola.

Sobre a Abemce

A Associação Beneficente ao Menor Carente (ABEMCE) se trata de uma entidade de personalidade jurídica de direito privado sem fins lucrativos que surgiu em 1988 em Fortaleza. Localizada no bairro Parque São José (Rua Comendador Garcia, nº 1817), esta ONG tem por finalidade educar e desenvolver jovens em aspectos social, cultural, esportivo, educacional, profissional e espiritual.

A entidade tem como missão transformar a vida de crianças e adolescentes menos favorecidos, desenvolvendo projetos que cumprem e fortalecem o Estatuto da Criança e do Adolescente, de forma a preparar o jovem cidadão para ambientes sociais e profissionais. O público alvo primário é de jovens de 15 a 22 anos em situação socioeconômica desfavorecida, e o secundário são crianças a partir de 3 anos.

A Associação é mantida através de doações e contribuições de pessoas físicas e jurídicas. A arrecadação financeira é voltada para manter a sede em funcionamento, arcando com despesas básicas, como energia e água, e com o salário dos funcionários e professores.

A ABEMCE desenvolve ações voltadas para crianças, adolescentes e jovens adultos. Os principais programas são: creche-escola; apoio escolar; leitura; informática aplicada à educação; formação musical (violão, teclado, bateria e instrumentos de sopro); dança; atividades esportivas e aprendiz cidadão.

Alunos da turma de Jornalismo no 3° Setor da UFC realizam oficinas de Linguagem e Blog para bolsistas do Seara da Ciência

Entre os dias 24 de outubro e 14 de novembro, os alunos de Jornalismo no 3° Setor da Universidade Federal do Ceará, sob supervisão da professora Márcia Vidal, realizaram oficinas de Comunicação, Linguagem e Blog para os bolsistas do Seara da Ciência da UFC, órgão de divulgação científica da universidade.

Os trabalhos para a oficina começaram com um autodiagnóstico dos bolsistas, sobre as principais deficiências em comunicação que eles poderiam perceber na instituição. Em uma conversa aberta com os oficineiros, os bolsistas sentiram falta de um contato mais direto com o público que frequenta o Seara, assim como uma maior divulgação das atividades desenvolvidas no órgão para a sociedade e para a própria comunidade universitária.

Após essa conversa, chegou-se à conclusão de que o melhor caminho a seguir seria a criação de um blog como veículo de comunicação para os objetivos imediatos do Seara. Após essa decisão tomada, os oficineiros e os bolsistas se organizaram para iniciar as atividades necessárias para a realização dos produtos. Ficou decido, portanto, que as oficinas seriam realizadas às sextas-feiras, após as 16h por conta dos trabalhos e dos horários da instituição.

O espaço é totalmente equipado e adequado para a realização das oficinas, com sala climatizada, cadeiras, computadores para todos os participantes, internet e cantina. As oficinas foram recebidas com interesse por seis bolsistas que compõem o quadro de alunos do Seara e foram com eles que as principais atividades foram realizadas.

Primeira oficina – Comunicação e Texto Jornalístico

A primeira oficina, que foi realizada no dia 31 de outubro, foi a de Comunicação e Texto Jornalístico, no qual foi explicado a importância da comunicação e as melhores ferramentas de divulgação de eventos e os melhores canais na internet para se realizar este processo.

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O Seara já possui perfis nas redes sociais e com um a atuação constante, por isso, os oficineiros reforçaram que o blog é um canal para maior engajamento do público, além de um veículo para uma divulgação mais aprofundada das atividades e eventos do Seara, devido ao caráter de linguagem do Facebook e do Twitter, onde é preciso ser mais conciso nas informações.

Segunda oficina – Linguagem para blog

Além de reforçar a importância da comunicação e as formas de se comunicar no meio online, nesta oficina foi discutido as características de linguagem próprias para o ambiente de blogs. A discussão girou em torno das possibilidades que os blogs trazem, assim, como as possíveis produções de conteúdo que os bolsistas poderiam desenvolver.

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Trabalhando com exemplos práticos, os oficineiros deram exemplos de noticias, conteúdos e vídeos que poderiam ser produzidos para alimentar o futuro blog do Seara da Ciência. O órgão já possui uma grande produção de conteúdo que poderia ser melhor aproveitada num ambiente mais informal, como um blog, e não tão acadêmico, como é o site da instituição.

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Os bolsistas já exercem atividades que podem ser divulgadas, como o teatro científico, a participação em feiras, as visitas guiadas ao salão de experiências do Seara além de produções audiovisuais.

Nesta oficina, os bolsistas escolheram as categorias e páginas que eles queriam para compor o blog, sendo elas: Teatro Científico, Ciência no Cinema, Cidadania e Sustentabilidade, Curiosidades Físicas e Matemáticas. Divulgação e Coberturas, Biografia de Cientistas, Astronomia, Tirihas, Gastronomia e Esquetes.

Terceira oficina – Produção do blog e postagens

A terceira oficina tem um caráter essencialmente prático, onde os presentes criaram o layout do blog e passaram a trabalhar nos textos das primeiras postagens.

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O resultado do trabalho consta no blog http://searadacienciaufc.wordpress.com/.

Estudantes da EMEIF J. R. Torres de Melo participam de oficinas sobre comunicação comunitária e produção para web

Primeiro encontro com os estudantes do EMEIF José Ramos Torres de Melo

Primeiro encontro com os estudantes do EMEIF José Ramos Torres de Melo

Alunos de duas turmas do oitavo ano da Escola Municipal José Ramos Torres de Melo receberam, durante os dias 17, 24, 31 de outubro e 3 e 14 de novembro de 2014, oficinas de comunicação online ministradas por estudantes do sexto semestre do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC), em atividade para a disciplina de Jornalismo no Terceiro Setor, ministrada pela professora Márcia Vidal Nunes.

O objetivo inicial dos encontros era permitir que, ao final das atividades, os estudantes estivessem habilitados a manter o blog e administrar as redes sociais da instituição, além de assumir a função de multiplicadores de conhecimento e produção, no sentido de organizar e incentivar os próprios colegas a pensar a realidade da escola criticamente, e, a partir disso, também contribuírem para a produção de material para o blog.

Antes das visitas, toda a produção de conteúdo para a internet sobre a escola era feita pela professora Dulce, sem a participação dos alunos. Segundo Dulce, os alunos da escola já foram responsáveis pelas publicações do blog, no entanto, o trabalho foi descontinuado e ficou sob a responsabilidade da professora Dulce.

17 de outubro: Primeira visita – apresentação e autodiagnóstico

Estudantes de Jornalismo da UFC fazem sondagem para saber os interesses dos alunos da escola

Estudantes de Jornalismo da UFC fazem sondagem para saber os interesses dos alunos da escola

O primeiro encontro entre a equipe de estudantes de Jornalismo e os alunos da escola aconteceu em 17 de outubro, sexta-feira. Nesse dia, a equipe conversou com a diretora Luciana Mota para esclarecer a rotina da escola e os horários de aula dos alunos. Após o fim do intervalo, os estudantes de Jornalismo se reuniram com os alunos da escola para começar as atividades do projeto. Ewerton, Erlison, Sílvia, Riquelme, Dhandara, Luize e Rafaela foram os estudantes do oitavo ano do ensino fundamental escolhidos pela direção da escola para participarem das oficinas.

Esse primeiro momento foi de apresentação e conhecimento do que interessava aos sete alunos da escola. Que assuntos chamam a atenção? O que gostam de fazer no tempo livre? Acompanham o noticiário na televisão, rádio ou jornal impresso? Com qual finalidade utilizam redes sociais? Costumam compartilhar algo nas redes sociais? Esses foram alguns questionamentos respondidos pelos alunos que geraram uma conversa preliminar sobre o que pode ser notícia, que tipo de assuntos eles gostariam de falar, comentar ou produzir algum material.

Na foto (do primeiro ao último plano), Rafaela, Luize, Dhandara e Riquelme, atentos às primeiras explicações

Na foto (do primeiro ao último plano), Rafaela, Luize, Dhandara e Riquelme, atentos às primeiras explicações

Esse primeiro momento foi de apresentação e conhecimento do que interessava aos sete alunos da escola. Que assuntos chamam a atenção? O que gostam de fazer no tempo livre? Acompanham o noticiário na televisão, rádio ou jornal impresso? Com qual finalidade utilizam redes sociais? Costumam compartilhar algo nas redes sociais? Esses foram alguns questionamentos respondidos pelos alunos que geraram uma conversa preliminar sobre o que pode ser notícia, que tipo de assuntos eles gostariam de falar, comentar ou produzir algum material.

Ao final, uma breve atividade para casa. Durante a semana seguinte, eles iriam refletir sobre temas e assuntos sobre os quais gostariam de comentar e produzir algum material para o blog da escola. A temática era livre e poderia ser apresentada de forma também livre: em um parágrafo, uma lista, fotos, vídeos… Da forma como eles quisessem. O objetivo da atividade era para incentivá-los a pensar conteúdos que fossem do interesse deles e dos demais colegas da escola.

24 de outubro: Segunda visita – produção e organização de pauta

Antes de iniciar a oficina, perguntamos aos alunos se eles haviam realizado a atividade passada na visita anterior. A maior parte deles trouxe textos sobre temas variados: bullying, eleições, depredação da escola, preconceito e sexualidade. Pedimos que lessem em voz alta, para, depois, comentarmos o que fora produzido. O trabalho produzido por eles foi bastante satisfatório.

Detalhe do material de apoio distribuído aos alunos nessa oficina

Detalhe do material de apoio distribuído aos alunos nessa oficina

Após análise dos textos elaborados, conduzimos a oficina de comunicação comunitária, que fora dividida em dois etapas: o primeiro de contextualização e o segundo seria voltado para organização e produção de uma pauta jornalística. O objetivo era mostrar aos alunos que existiam mídias alternativas, voltadas para atender aos interesses de comunidades. Utilizamos como exemplo o próprio ambiente escolar, comunidade em que eles estão inseridos, e falamos que o material a ser produzido por eles e postado no blog teria como intuito principal informar os demais alunos e funcionários da escola.

A segunda parte da oficina era voltada para demonstrar como se organizava uma pauta. Explicamos brevemente aos alunos que existiam alguns critérios a serem seguidos para que o fato se tornasse uma notícia. Também explanamos a noção de lead e as principais perguntas a serem respondidas na elaboração do mesmo (o quê?, quem?, quando?, onde? e por quê?).

Em seguida, propusemos uma atividade prática cujo objetivo seria identificar o lead em matérias jornalísticas que haviam sido veiculadas no dia da oficia. Retiramos uma das informações contidas no lead das notícias e pedimos aos alunos para identificarem o que faltava. O desempenho deles foi bastante satisfatório.

Ao final, dividimos a turma em equipes e pedimos a eles para elaborarem pautas sobre temas com os quais gostariam de trabalhar para serem entregues na próxima oficina, sobre a qual faríamos comentários e possíveis correções, além de encaminhá-los para a fase de execução da pauta.


31 de outubro: Terceira visita – gêneros jornalísticos

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Atividade de pauta feita por Luize, Erlison e Ewerton com o tema “bullying”

Com o resultado da atividade passada na segunda oficina – a pauta organizada e o material prévio produzido -, aconteceu a avaliação desse exercício com o objetivo de sugerir algumas dicas para melhorar ainda mais o planejamento. Nesse dia, Riquelmente, Silvia e Dhandara faltaram por questões pessoais, porém Luize, Erlison e Ewerton compareceram ao encontro e mostraram o planejamento que fizeram sobre a temática do bullying na escola.

Em conjunto, escolhemos um foco de abordagem para o tema e definimos como seria feita a produção dessa pauta envolvendo a temática. Para a última oficina, eles trariam o material final da pauta para que pudéssemos passar algumas noções de edição. Após esse primeiro momento conduziu-se uma conversa sobre a diversidade de gêneros e formatos jornalísticos.

O conteúdo dessa parte oficina ficou dividido na apresentação de gêneros de jornalismo informativo (notícias, notas, reportagens, etc) e opinativo (artigos, crônicas, resenhas, colunas, notas autorais, etc), assim como a presença e utilização de técnicas (entrevistas, debates, pesquisas de opinião, etc) específicas em cada caso. Com isso, tínhamos os objetivos de não apenas familiarizar os alunos com as diferentes abordagens, como fazê-los questionar os modelos de organização de informações em diversos veículos, pensando a importância da existência de diferentes espaços, do informativo rotineiro ao opinativo reflexivo.

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Junto com os alunos da escola, os estudantes de Jornalismo constroem as pautas

Outro ponto abordado com bastante cuidado esteve na carga de responsabilidade ligada à emissão de uma opinião no espaço de um veículo – mesmo um blog -, dado o desejo manifesto do próprio grupo de “falar o que pensa” sobre assuntos pertinentes ao ambiente da escola e mesmo sobre os colegas. Buscou-se também a conscientização para lidar com situações sensíveis ao trato dos próprios alunos, por exemplo, casos de bullying e violência na escola – pauta também sugerida pelo próprio grupo.

3 de novembro: Quarta visita – audiovisual

Captura de tela de um dos vídeos realizados pelos estudantes. Na ocasião, entrevista com o vice-diretor da instituição

Captura de tela de um dos vídeos realizados pelos estudantes. Na ocasião, entrevista com o vice-diretor da instituição

Depois das formações relacionas à comunicação comunitária, critérios de noticiabilidade, produção de conteúdo para web e já estarem desenvolvendo as pautas organizadas na visita anterior,  uma oficina de vídeo fora preparada para auxiliar os alunos na produção de imagens que seriam usadas para acompanhar o conteúdo desenvolvido para o blog e a página do Facebook da escola. Foram apresentadas algumas técnicas de captação de imagens (noções de planos e enquadramento) e de áudio, além de algumas dicas sobre a duração e o teor dos vídeos.

Após a oficina, conversamos com os alunos para saber como andava a produção das pautas. Sugerimos uma pequena atividade prática em captação de vídeo, para demonstrar como se deveria abordar o entrevistado e também como fazer perguntas (algumas dúvidas que surgiram entre os alunos enquanto realizávamos a oficina). Riquelme, Luize e Dhandara fizeram uma uma breve entrevista com o vice-diretor da instituição, sobre depredação do ambiente escolar. Durante a captação de imagens, os alunos procuraram seguir todas as orientações ministradas nas oficinas.

14 de novembro: Última Visita

Alunos transcrevem as produções realizadas ao longo da semana para ser postado no blog "Fique de Olho"

Alunos transcrevem as produções realizadas ao longo da semana para ser postado no blog “Fique de Olho”

A visita final teve o propósito de checar o que fora produzido pelos alunos após o encaminhamento das pautas. Conversamos com as equipes para saber o que eles haviam trazido, para, em seguida, ajudá-los na edição do material.

Luize, Erlison e Ewerton permaneceram com a temática do bullying e entrevistaram dois estudantes da escola: um que sofreu e um que pratica bullying. Em ambas as entrevistas, o nome dos entrevistados foram preservados pela equipe de entrevistadores. Riquelme, Silvia e Dhandara fizeram fotos, gravaram vídeos com depoimentos de colegas e professores sobre o tema da depredação na escola. Além disso, durante a oficina elaboraram um texto opinativo para introduzir a questão.

Os alunos da escola finalizaram as produções e contaram com o auxílio dos estudantes de Jornalismo para editar os textos e organizar as perguntas das entrevistas.

Finalizados os trabalhos, chegou o momento da despedida. Em uma breve confraternização, agradecemos a disposição e o empenho dos alunos e eles, da mesma forma, demonstraram-se gratos e satisfeitos com a experiência.


Equipe:
Amanda Matos, Ana Maria Rodrigues, David Medina, Drielle Furtado, Hélio Grangeiro, Mariângela Chagas

Blog da escola: http://escolatorresdemelo.blogspot.com.br/

EMEIF José Ramos Torres de Melo
Av. da Abolição, 3984 – Mucuripe, Fortaleza – CE
Telefone: 
(85) 3452-7344

Instituto Cearense de Educação de Surdos (Ices) também recebe oficina de fotojornalismo

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Na tarde do dia 3 de novembro, os estudantes do curso de Jornalismo na Universidade Federal do Ceará (UFC), Flávio Augusto Pinto e Rochelle Guimarães, realizaram uma oficina sobre fotojornalismo no Instituto Cearense de Educação de Surdos (Ices). Doze alunos participaram da oficina, que envolveu uma palestra sobre o contexto histórico do fotojornalismo e suas ramificações, além de uma parte prática, onde alunos tiveram a chance de usar as imagens para contar histórias. Os professores Alysson Saraiva e Fabíola Lima auxiliaram na facilitação, e a interpretação foi feita por Marcos.

Sobre a oficina

A oficina foi dedicada a falar sobre como o fotojornalismo, como uma atividade singular que faz uso da fotografia como um veículo de observação, informação, análise e opinião, tem importância para pessoas que necessitam da imagem para poder se comunicarem. A valor da fotografia dentro do jornalismo foi apresentada como um “grande complemento” ao material textual, em sites, revistas e jornais. As imagens são usadas para transmitir informações úteis em conjunto com o texto que lhes está associado, mas sem repetir as informações.

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O aluno Flávio Augusto Pinto com a ajuda o intérprete Marcos (de preto) contou um pouco sobre a história da fotografia aos alunos o ICES (Foto: Rochelle Guimarães)

Os alunos também tiveram a chance de analisar imagens históricas do fotojornalismo mundial e comentar sobre qual gênero as imagens pertenciam, mostrando interesse em participar e entender sobre aquilo que estavam vendo. Após a primeira parte da oficina, os alunos foram divididos em três equipes e tiveram que fotografar o dia-a-dia de cada um dentro do Instituto. O resultado gerou muita empolgação e risadas entre os estudantes.

Confira algumas das imagens capturadas pelos alunos durante a segunda parte da oficina:

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Sobre a experiência com trabalhar com pessoas sem audição

A experiência foi desconfortável, a princípio. Me senti como se tivesse acabado de desembarcar em um país com cultura e língua diferentes e, de repente, precisei lidar com isso tudo. Mas todo mundo, alunos, professores, intérpretes, funcionários, foram extremamente receptivos com a equipe. Fizeram com que nos sentíssemos confortáveis pra falar com os alunos no nosso próprio ritmo, nos deram total apoio e participaram ativamente da oficina e, na parte final do trabalho, quando propusemos aos alunos fotografarem o cotidiano da escola, foi muito gratificante ver todos eles interagindo entre si, com outros alunos, em outras salas. (Rochelle Guimarães, estudante de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará).

Sobre o processo e detalhes da oficina anterior

Em duas visitas prévias ao Ices, a equipe do trabalho pôde conhecer a infraestrutura da escola e as demandas comunicacionais. O Ices dedica-se exclusivamente, desde 1961, à educação de surdos. As avaliações são feitas em vídeo, e a escola conta com um estúdio de TV com duas câmeras. O ensino tem atualmente uma abordagem bilíngüe: os alunos aprendem o português escrito, tendo como língua materna a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Sobre as necessidades que poderiam ser atendidas com a oficina, o diretor do Instituto, Willer Cysne, ressaltou a importância de o jornalismo retratar corretamente a Cultura Surda. Explicadas as propostas do trabalho, a equipe decidiu, junto à coordenação, que a oficina seria um espaço onde os alunos do Instituto pudessem produzir uma vídeo-reportagem em Libras e exibi-la durante a Feira Cultural do Ices. O evento aconteceria nos dias 10, 11 e 12 de novembro, e teria como tema “Saúde e Vida”. Em reunião com os professores Alysson Saraiva e Fabíola Lima, a equipe organizou a pauta da oficina. A oficina seria realizada com a turma do 5º Ano A, das 8h às 11h, no dia 31 de outubro.

Serviço

Instituto Cearense de Educação de Surdos (Ices)
Endereço: Av. Rui Barbosa, 1970 – Aldeota, CE
Telefone para contato: (85) 3101-1391
E-mail: isurdos@escola.ce.gov.br | visitas.ices@gmail.com
Site: http://www.ices.seduc.ce.gov.br/

Estudantes do Instituto Cearense de Educação de Surdos participam de vivência com HQs

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Na oficina, alunos do Ices são incentivados a produzir as próprias histórias em quadrinhos.

Após terem recebido a oficina de vídeo-reportagem pela manhã, foi a vez de os alunos do Instituto Cearense de Educação de Surdos (Ices) experimentarem a linguagem dos quadrinhos, na tarde a última sexta-feira de outubro (31). A oficina foi trazida pelo estudante do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará Jadiel Lima.

Jadiel produz tirinhas de Internet e surgiu a ideia de que a oficina fosse com relação à Histórias em Quadrinhos, linguagem de forte apelo visual. Breno Reis, que havia realizado a vivência pela manhã, o apresentou a Fabíola Lima e Alysson Saraiva, que os acompanharam na conversa com os alunos de quarto, quinto ano e da Educação de Jovens e Adultos.

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O Instituto já desenvolvia contato com histórias em quadrinhos em seu ensino.

Ao chegarem ao instituto, os estudantes de comunicação social se depararam com um cartaz no pátio do colégio, onde estavam desenhados dois quadros com imagens senquenciadas. O primeiro mostrava um menino com um semblante triste ou de confuso perante a várias bocas e uma pessoa apontando um dedo inquisidor na direção do seu rosto. E no outro quadro, o mesmo menino estava alegre diante de várias mãos sinalizando a Língua Brasileira de Sinais e as mãos da pessoa em sua frente agora abertas (para o diálogo).

Fabíola disse que os estudantes da manhã tinham bem mais familiaridade com os desenhos e que alguns até produziam trabalhos como o que vimos. Os alunos que compareceram à tarde pareciam já ter uma noção sobre quadrinhos, mas o contato não se mostrava ter sido tão amplo. Ao perguntar sobre o que eles conheciam sobre a linguagem, um dos meninos fez referência a Mickey Mouse, personagem também de quadrinhos, embora mais conhecido pelos desenhos animados.

Acontece que mesmo sendo um meio onde a imagem e o desenho são utilizados vastamente, grande parte dos produtos de HQ se baseiam no discurso verbal, o que dificulta o entendimento e o interesse de leitores surdos. Mas muitos autores vão bem além disso. Foram apresentados, então, durante a oficina – e com a ajuda do intérprete Marcos que nos acompanhou em sala –, alguns desenhistas que faziam jogos de sentidos apenas com imagens.

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Alguns dos alunos se inspiraram nas imagens apresentadas no data-show.

Alguns dos alunos gostaram muito dos desenhos de Troche e de Marco Oliveira (que explora o quadrinho “mudo” em sua série Mute). Durante a atividade que se seguiu ela reproduziu algumas das tiras dos cartunistas. Durante a atividade, houve um pouco de confusão para se entender proposta inicial. A ideia era que um dissesse o roteiro para o outro criar uma pequena HQ de três ou quatro quadros. Para isso foram montadas equipes de três pessoas, onde cada uma diria um roteiro de tema livre para a outra. Alguns acabaram desenhando a história por si só. Mas isso não prejudicou a prática em si.

Todos se mostraram atenciosos e concentrados no que estavam fazendo. Um dos meninos do EJA se prontificou logo de desenhar um campo de futebol. Ele disse que gostava muito do esporte, desenhou os jogadores e a bola fazendo um caminho em direção ao gol. Outros temas abordavam o cotidiano deles próprios, sobre o encontro de duas amigas ou retratavam algum espaço da cidade.

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Algumas alunas e alunos disseram que sentiam dificuldade de desenhar e que quando mais jovens, ironias à parte, sabiam desenhar com bem mais destreza. Breno e Jadiel fizeram questão de dizer que o desenho técnico em si não é tão essencial, que objetos e pessoas podem ser representados com poucos traços, como nos cartuns que havíamos mostrado.

Este vídeo mostra um pouco do processo criativo dos alunos:

Ao final da oficina, a equipe deu a ideia de que os alunos conversassem com os professores e realizassem uma exposição pelas paredes do instituto. Não foi criado um produto de divulgação ou um veículo propriamente dito. Porém a vivência acabou servindo para fomentar o interesse pelos quadrinhos e motivá-los a conhecer e realizar experiências dentro desse mundo que pode lhes trazer grandes descobertas dentro da educação visual de cada um.

Serviço

Instituto Cearense de Educação de Surdos (Ices)
Endereço: Av. Rui Barbosa, 1970 – Aldeota, CE
Telefone para contato: (85) 3101-1391

Blog e página no facebook da Associação 64/68 – Anistia são produtos das oficinas

Como parte das atividades práticas da disciplina de Jornalismo no 3º setor,  estudantes da Universidade Federal do Ceará realizaram oficinas sobre o uso das redes sociais para membros da Associação 64/68 Anistia, no bairro Benfica.

A associação é  voltada principalmente para a defesa dos anistiados políticos que foram perseguidos durante o regime militar, mas está aberta à participação de qualquer pessoa que concorde com seu estatuto. A associação tem como objetivo a preservação da memória e o fortalecimento do Estado democrático de direito.

Durante a reunião de autodiagnóstico foram apresentados os anseios para a comunicação da associação e acordado o que poderia ser feito. A associação preferiu priorizar participantes  que tivessem o engajamento de dar continuidade ao trabalho após as oficinas.

A reunião de autodiagnóstico foi uma conversa que fluiu bem e entre os associados e os alunos. A associação preferiu priorizar participantes que tivessem o engajamento de dar continuidade ao trabalho após as oficinas.

A reunião de auto diagnóstico aconteceu no dia  20  de outubro e foi realizada para que se conhecesse as demandas da instituição e identificar em quê os alunos poderiam ajudá-los. Foi identificada uma carência na questão da divulgação de conteúdos informativos ligados à associação e ao tema em geral, principalmente nas redes sociais, visto que o jornal impresso da entidade,  deixou de circular.

Em alternativa ao jornal que não circulava mais, a 64/68 Anistia realiza a divulgação desse tipo de informação através de uma lista de email’s.  A partir disso, surgiu a ideia de potencializar essa divulgação por meio de um blog, onde mais pessoas poderiam ter acesso a essas informações. Além de gerar um arquivo de consulta, atividade que já é comum na sede da associação.

Segundo Mário Albuquerque, presidente da entidade, é comum universitários, pesquisadores, familiares, irem até a associação em busca de informações sobre o período, ou atividades atuais que tenham relação com a época.

Além de tudo, o blog tem a vantagem de não gerar custos para ser produzido, nem distribuído. Aliado a ele, foi sugerido a criação de uma página no facebook, para divulgar  para outros públicos os trabalhos da associação, que tem acervo e atendimento aberto à população, não necessariamente, associados.

Oficinas

As oficinas aconteceram nos dias 27 de outubro e 3 de novembro de 2014 na biblioteca da Associação.

A primeira, sobre a criação, manuseio e manutenção do blog foi ministrada pelo estudante Rômulo Costa no dia 27 de outubro. Na ocasião foram apresentadas uma breve história dos blgos, estruturas, principais tipos e utilização da plataforma.  Durante a oficina foi  debatido e acordado o formato e as seções que o blog abrigaria, bem como o conteúdo a ser postado a partir de então.

Primeiro dia de oficina, Rômulo Costa fala sobre a criação e manuseio de blogs

Primeiro dia de oficina, Rômulo Costa fala sobre a criação e manuseio de blogs

No segundo dia, 3 de novembro, o estudante Jonas Daniel falou aos associados sobre redes sociais com enfoque na mais utilizada pelos brasileiros atualmente, o Facebook. Primeiro foi explicado a diferença entre perfil e página e em seguida mostrado o passo a passo da criação da página da associação.

Na oficina sobre facebook os associados aprenderam na prática a atualizar a página.

 

Os associados assumiram o compromisso de continuar o trabalho de publicação no blog  e na página do facebook.

A Associação 64/68 Anistia recebeu oficina sobre blog e facebook. Agora utiliza as duas plataformas para divulgação das atividades e informações sobre a temática dos anistiados políticos.

Agora a Associação 64/68 Anistia  utiliza as duas plataformas para divulgação das atividades e informações sobre a temática dos anistiados políticos.

 

Participantes das oficinas falam o que acharam das atividades:

  • Mário Albuquerque – Presidente da Associação 64/68 – Anistia

 

  •  Célio Albuquerque

 

  • Eudes

 

 

Mais informações

Associação 64/68 – Anistia
Rua: Instituto do Ceará, nr 164 – Benfica
CEP: 60015-290. Fortaleza – CE

Contato: (85) 3223.6468 (tarde); 9924.6468 (Mário Albuquerque)

Blog: https://associacao6468.wordpress.com/

Facebook: Associação 64/68 Anistia

Equipe: Jonas Daniel, Rômulo Costa, Luciana Castro, Luana Mayara e João Paulo

 

Instituto Cearense de Educação de Surdos (Ices) recebe oficina de vídeo-reportagem

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O Instituto Cearense de Educação de Surdos (Ices) é a única instituição pública estadual do Ceará destinada exclusivamente à educação de Surdos e pessoas com outros comprometimentos.

Na manhã de 31 de outubro, os estudantes do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) Breno Reis e Eduardo Oliveira realizaram oficina de vídeo-reportagem no Instituto Cearense de Educação de Surdos (Ices). Sete alunos da turma do 5º ano participaram da oficina. Os professores Alysson Saraiva e Fabíola Lima auxiliaram na facilitação.

O processo

Em duas visitas prévias ao Ices, a equipe do trabalho pôde conhecer a infraestrutura da escola e as demandas comunicacionais. O Ices dedica-se exclusivamente, desde 1961, à educação de surdos. As avaliações são feitas em vídeo, e a escola conta com um estúdio de TV com duas câmeras. O ensino tem atualmente uma abordagem bilíngue: os alunos aprendem o português escrito, tendo como língua materna a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Sobre as necessidades que poderiam ser atendidas com a oficina, o diretor do Instituto, Willer Cysne, ressaltou a importância de o jornalismo retratar corretamente a Cultura Surda. Explicadas as propostas do trabalho, a equipe decidiu, junto à coordenação, que a oficina seria um espaço onde os alunos do Instituto pudessem produzir uma vídeo-reportagem em Libras e exibi-la durante a Feira Cultural do Ices. O evento aconteceria nos dias 10, 11 e 12 de novembro, e teria como tema “Saúde e Vida”. Em reunião com os professores Alysson Saraiva e Fabíola Lima, a equipe organizou a pauta da oficina. A oficina seria realizada com a turma do 5º Ano A, das 8h às 11h, no dia 31 de outubro.

A oficina

“Qual o contato de vocês com o jornalismo? – assim começou o diálogo na oficina de vídeo-reportagem, com o auxílio do intérprete de Libras Saulo Nogueira. Embora alguns alunos assistissem a telejornais regularmente, eles nunca haviam tido qualquer experiência de prática jornalística. A intenção era manter diálogo constante com os participantes da oficina.

O estudante Breno Reis explica como realizar uma entrevista, com a ajuda do intérprete de Libras Saulo Nogueira. Foto: Eduardo Oliveira.

Com a finalidade de tirar a Libras do canto da televisão e preencher a tela com a Cultura Surda, os alunos assistiram a matérias realizadas por Nilton Câmara, intérprete de Libras fortalezense, e Clarissa Guerretta, repórter surda do Rio de Janeiro. Nessas matérias, eles puderam perceber as características da linguagem jornalística ultrapassando as fronteiras da língua: a concisão, a objetividade, a clareza da informação.

Os estudantes do curso de Jornalismo mostraram como realizar uma reportagem para o formato televisivo, evidenciando a postura do jornalista frente à câmera e na abordagem das fontes. O diálogo com os alunos foi importante para definir as características específicas de uma reportagem em Libras.

A oficina de vídeo-reportagem foi realizada no período das oito às onze da manhã. Foto: Eduardo Oliveira.

Após o intervalo do lanche, foi lançado o desafio para os alunos: realizar uma matéria sobre saúde, o tema da Feira Cultural que aconteceria em algumas semanas. Os facilitadores explicaram o procedimento de uma reunião de pauta, e os alunos iniciaram a discussão sobre o tema da matéria. Como eles haviam assistido a palestras sobre alimentação saudável e diabetes, a discussão foi produtiva e acabou rendendo vários focos de abordagem. Por votação, os alunos decidiram que o foco da matéria seria a relação entre esporte e saúde.

Tendo em vista que a matéria seria feita com pequenas entrevistas, os alunos elaboraram uma lista de perguntas curtas sobre hábitos esportivos e alimentares. Depois de simularem a abordagem das fontes e as entrevistas, os alunos foram ao pátio da escola para pôr em prática os conhecimentos adquiridos.

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Cada aluno realizou uma entrevista curta, de até 30 segundos, gravada numa câmera compacta pelos oficineiros. Até mesmo os mais acanhados superaram a timidez e entrevistaram alunos, professores e funcionários. De volta à sala, os alunos assistiram aos próprios vídeos e comentaram os resultados. O professor Alysson gravou a apresentação da matéria. A edição final ficou aos cuidados de Adriano Rodrigues, responsável pelo estúdio de TV do Ices.

Opinião dos professores

Ao fim das atividades, a professora e intérprete de Libras Fabíola Lima ressaltou a necessidade de os alunos receberem informações na Língua Brasileira de Sinais, referindo-se à falta de incentivo e escassez de material jornalístico realizado nessa língua. “E eu acho que, vindo deles, muitos outros podem se identificar, compreender, e até fomentar, pra que eles se organizem dentro das escolas, dos grupos, a fazerem o mesmo trabalho que eles tão fazendo em sala de aula. E aí, levar maiores informações dentro da cultura deles, porque ainda falta muito”, disse.

No vídeo a seguir, o professor Alysson Saraiva fala sobre a experiência da oficina de vídeo-reportagem:

Serviço

Instituto Cearense de Educação de Surdos (Ices)
Endereço: Av. Rui Barbosa, 1970 – Aldeota, CE
Telefone para contato: (85) 3101-1391

Alunos do Instituto Hélio Góes recebem oficinas de radioeducativo

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O Instituto Hélio Góes – Sociedade de Assistência aos Cegos atende crianças, adolescentes e adultos em turmas do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e turmas de Reabilitação

Cinco estudantes de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) realizaram nas tardes dos dias 5, 12 e 19 de maio oficinas de formação em Radioeducativo no Instituto Hélio Góes (IHG) – Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC). A atividade é uma iniciativa do semestre 2014.1 da disciplina de Jornalismo no Terceiro Setor, ministrada pela professora Márcia Vidal.

 As oficinas tiveram a participação de quinze alunos das turmas de Reabilitação do Instituto. Essas turmas são formadas por pessoas que adquiriram a cegueira na adolescência ou na fase adulta. Portanto, são estudantes que precisam aprender do zero a se adaptar a nova condição para poder ler, escrever e viver independentemente como deficiente visual.

 As oficinas foram ministradas pelo estudante Fernando Girão, que contou com o apoio dos oficineiros Camila Magalhães, Cláudio Lucas Abreu, Lívia Priscilla e Pedro Borges. A atividade aconteceu no horário de 14 horas a 16h30min no Laboratório de Informática do IHG e contou com o acompanhamento de Paulo Roberto Cândido, professor de Informática Inclusiva e produtor do programa “Conversa que Interessa”, veiculado na webrádio DOSVOX, plataforma online de suporte para programas de rádio voltado para o público invisual.

Planejamento

Foram feitas duas visitas ao IHG, uma no dia 24 de março e outra no dia 22 de abril.  Conscientes de que a maior demanda é na área de produção radifônica, visto o grande interesse que os deficientes visuais possuem por rádio, o grupo planejou dar continuidade ao trabalho iniciado no semestre anterior a fim de estimular a produção de rádio, de forma que os interessados produzam rádio de acordo com a estrutura existente no Instituto.

 Além disso, o Instituto apresenta um histórico de atividades na área, com engajamento de professores e alunos. Segundo o professor Paulo Roberto Cândido, as oficinas de rádio ministradas em 2013, também por alunos de Jornalismo, tiveram um efeito positivo na participação dos alunos e na organização desse tipo de comunicação no IHG, mas admite que haja espaço para melhorias.

 O objetivo das oficinas de formação em radioeducativo, além de capacitar estudantes já envolvidos, é também despertar a vontade de outros alunos e mostrar como eles podem contribuir na criação e produção de um programa de rádio. “Queria incentivar ou ampliar o grupo para esse trabalho, (para) que eles pudessem fazer gravações externas contribuindo com o ‘Conversa que interessa’ ou com o projeto da rádio”, afirma o professor.

As oficinas

A primeira tarde de oficinas começou com um brincadeira sobre a memória. Os alunos se dividiam em duplas para fazer algumas perguntas um ao outro e depois tinham que contar para a turma o que se lembravam das respostas, fazendo a apresentação do colega ao grupo.

 A atividade tinha o objetivo de exercitar a memória, aspecto importante para o deficiente visual no rádio, mas também para criar uma dinâmica para o grupo se conhecer melhor. As perguntas tinham cunho pessoal, como “Quais suas qualidade e defeitos?” ou “Qual o seu lugar preferido?”.

 Durante todo o tempo de trabalho, o professor do Instituto, e também radialista, Paulo Roberto Cândido, participou prestando auxilio em todas as atividades. Os estudantes tentaram inclui-lo na brincadeira e, sem fazer perguntas, fizeram uma apresentação coletiva dele.

 A segunda atividade do dia trabalhou com a experimentação das sensações advindas dos sons. A produção da oficina preparou para os alunos ouvirem uma série de diferentes tipos de produção radiofônica, como narração de futebol, programa jornalístico, música etc. Os participantes relataram vários sentimentos como euforia e expectativa durante a escuta dos programas.

 O estudante Sérgio de Souza mencionou a sensação que tem da presença de certos locutores que escuta. “Quando eu ligo o programa do Braga, às vezes, acho que ele em casa comigo”. Já o aluno Vandevaldo Caetano lembrou a emoção maior que se tem ao ouvir o futebol pelo rádio, pela transmissão mais rápida que a televisão devido a diferença na tecnologia. “O gol sai primeiro no rádio, quando o Fortaleza vai bater um pênalti, eu ligo logo o rádio”, conta.

A oficina do dia 12 iniciou com uma dinâmica de boas notícias, onde os alunos deveriam apresentar, no formato de notícia, o melhor momento de suas vidas. Muitos reportaram sobre o primeiro dia em que foram ao Instituto Hélio Góes demonstrando a importância da ONG na vida de seus alunos. Essa atividade permitiu também que os alunos aprendessem a utilização do lead, técnica jornalística.

 Após isso, foi aberto um debate sobre a visão crítica da mídia onde alunos e oficineiros conversaram sobre as diferenças entre a informação objetiva e a subjetiva, imparcialidade nos meios de comunicação e o uso da informação como meio de socialização. Os alunos ficaram especialmente animados ao ouvirem o conceito de “Informar para: formar, transformar, e inconformar”, do autor cubano José Ignacio López Vigil. E continuaram a repeti-lo na oficina seguinte.

 Os alunos também discutiram acerca da necessidade da informação para a humanidade no século XXI. Por fim, aprenderam os quatro formatos básicos do radiojornalismo: reportagem, entrevista, notícia e spot. As três equipes de cinco alunos cada, definidas e divididas na oficina anterior, se reuniram, cada uma sob a orientação de um dos oficineiros, para decidir o tema e o formato do programa de radioeducativo que produziriam na oficina seguinte.

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Os alunos produziram os roteiros dos programas utilizando o sistema DOSVOX

Os temas escolhidos pelos grupos foram: esporte acessível, com o formato entrevista; reabilitação, com o formato de três spots; e a Academia de Letras da SAC, com o formato rádio-revista.

 O dia 19 foi reservado para a temática de noções básicas de roteirização e gravação. Essa oficina teve como objetivos conhecer os bastidores da produção radiofônica, perceber a importância e a função do roteiro e explorar técnicas de roteirização e gravação utilizando o sistema DOSVOX.

 A oficina se iniciou com a audição do programa “Rádio em debate”, produzido pelas rádios da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a fim de que os participantes pudessem conhecer melhor os bastidores de uma produção radiofônica.

 A oficina também contou com a presença da jornalista Ana Maria Ximenes Pereira, convidada por Paulo Roberto, que, no início da tarde, conversou sobre a rotina de trabalho e a experiência adquirida como jornalista, especialmente na rádio Verdinha, pertencente ao Sistema Verdes Mares. Ela perdeu parcialmente a visão aos 51 anos por causa de um erro médico e foi reabilitada pelo IHG.

 Após esse primeiro momento, a turma se dividiu nos três grupos previamente formados para escrever o roteiro, escolher os locutores e gravar os programas utilizando o sistema DOSVOX. Para a gravação do programa, os locutores e repórteres utilizaram a técnica da memorização a partir da conversão do texto do roteiro em áudio. Dessa forma, foram produzidos os programas “Esporte Acessível”; “Reabilitação e Ação” e “Revista Acadêmica”.

 Por fim, foi definido uma data para a finalização e edição dos programas, a fim de que eles sejam inseridos na programação da webrádio DOSVOX, cumprindo, dessa forma, as expectativas e os objetivos das oficinas. Os participantes também receberam o certificado emitido pela UFC e assinado pela professora Márcia Vidal.

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 Os alunos gravaram os programas com a ajuda dos estudantes da UFC

 Ao final da oficina, os envolvidos nas atividades se mostraram satisfeitos com o resultado e dispostos a dar continuidade aos trabalhos realizados e a essa parceria estabelecida entre a UFC e o IHG.

Sobre a SAC-IHG

A Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC) foi fundada em 1942 pelo oftalmologista Hélio Góes para ser uma entidade filantrópica que atua nas áreas de saúde, educação, profissionalização e integração social da pessoa com cegueira. O Instituto Hélio Góes (IHG) foi fundado em 1943 e atende a Educação Infantil, o Ensino Fundamental I e II como também as turmas de reabilitação.

Serviço

Instituto Hélio Góes (IHG) – Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC)

Endereço: Av. Bezerra de Menezes, 892, bairro São Gerardo, Fortaleza-CE.

Telefone: (85) 3206-6800.

Site: www.sac.org.br